terça-feira, 7 de outubro de 2014

Com um terço das vagas disputadas, Senado tem pouca renovação


Política





 #COMENTÁRIO

O processo de renovação de políticos no Brasil é um caso muito difícil de resolver. Isto só teria sentido se o processo se desse de uma vez, isto é, saem todos e entram outros nas casas. Só assim os vínculos seriam quebrados, os esquemas internos de negociatas estariam desamparados e não haveria contaminação dos novos eleitos.
Tomando-se como base a aceitação popular dos políticos hoje com mandatos, é claro e límpido que deva existir uma urgente renovação total das casas governamentais. O quadro ora existente está desgastado, desacreditado pelo povo e até pelo mercado nacional. Há uma sombra de corrupção e supostas ligações com todo tipo de cartéis, inclusive de drogas, no País.
Temos ainda que levar em consideração que essa esperada renovação de políticos deve se realizar em todos os níveis da política nacional. Da mesma forma que o topo dos cargos políticos, as demais camadas da hierarquia política, também sofre das mesmas supostas acusações.

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

Não deveria haver um fator de redução nos mandatos, nos diversos cargos hoje existentes?

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DIÁRIO DA MANHÃ - DA FOLHAPRESS - DE BRASÍLIA
A renovação na política pedida pelas manifestações populares, de junho do ano passado, não chegou ao Senado nessas eleições 2014. Os três principais partidos – PMDB, PT e PSDB – mantiveram quantidades de cadeiras próximas das que já tinham antes do pleito, de domingo, e figuras como Fernando Collor (PTB/AL) e Kátia Abreu (PMDB/TO) se reelegeram. Para cientistas políticos, o quadro já era esperado devido ao formato do pleito e às decisões dos partidos – que preferem os tradicionais puxadores de voto para esse cargo. Ao todo, as eleições colocaram em disputa 27 das 81 cadeiras do Senado. Isso porque, pelas regras eleitorais, a cada quatro anos são eleitos um ou dois candidatos por Estado. Na disputa de 2018, portanto, 54 cadeiras serão colocadas em disputa.

Reeleição
Entre os senadores cuja legislatura se encerraria no próximo ano, dez tentaram a reeleição. Desses, cinco conseguiram renovar o mandato de oito anos - como o senador paranaense Álvaro Dias (PSDB). Já entre as "novidades" aparecem os ex-governadores tucanos José Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE).
"A casa que tem menos espaço para renovação é o Senado, porque são eleições majoritárias e os candidatos precisam de estruturas grandes (para se eleger). Mesmo que haja um momento de transformação no País, o Senado acaba sendo o último a ter mudanças", diz o pesquisador e especialista em Ciência Política Leonardo Barreto, da Universidade de Brasília (UnB). Para Barreto, a exceção é Romário (PSB) – senador eleito pelo Rio de Janeiro. "Essa escolha fugiu do conservadorismo", justifica. Opinião que é compartilhada por Luís Domingos Costa, professor de Ciência Política da Uninter. "O Romário é um político diferente das demais celebridades que se arriscam em mandatos. Ele é ambicioso, tem força popular e uma performance legislativa de destaque. Além disso, está em um partido carente de lideranças."

Adeus Sarney
As eleições também marcam o fim da passagem do senador José Sarney (PMDB/MA) pelo plenário. Com 59 anos de carreira política, ele optou por não disputar o seu quarto mandato e deve encerrar, pelo menos oficialmente, a mais longeva trajetória entre os que exercem mandato atualmente. Segundo o pesquisador Leonardo Barreto, porém, essa aposentadoria pode não representar novos ares no Senado.



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