Política
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#COMENTÁRIO
O processo de renovação de políticos no
Brasil é um caso muito difícil de resolver. Isto só teria sentido se o processo
se desse de uma vez, isto é, saem todos e entram outros nas casas. Só assim os
vínculos seriam quebrados, os esquemas internos de negociatas estariam
desamparados e não haveria contaminação dos novos eleitos.
Tomando-se como base a aceitação
popular dos políticos hoje com mandatos, é claro e límpido que deva existir uma
urgente renovação total das casas governamentais. O quadro ora existente está
desgastado, desacreditado pelo povo e até pelo mercado nacional. Há uma sombra
de corrupção e supostas ligações com todo tipo de cartéis, inclusive de drogas,
no País.
Temos ainda que levar em consideração
que essa esperada renovação de políticos deve se realizar em todos os níveis da
política nacional. Da mesma forma que o topo dos cargos políticos, as demais
camadas da hierarquia política, também sofre das mesmas supostas acusações.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Diário
da Manhã
#CONVITE
Não deveria haver um fator de redução nos
mandatos, nos diversos cargos hoje existentes?
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
DIÁRIO
DA MANHÃ - DA FOLHAPRESS - DE BRASÍLIA
A
renovação na política pedida pelas manifestações populares, de junho do ano
passado, não chegou ao Senado nessas eleições 2014. Os três principais partidos
– PMDB, PT e PSDB – mantiveram quantidades de cadeiras próximas das que já
tinham antes do pleito, de domingo, e figuras como Fernando Collor (PTB/AL) e
Kátia Abreu (PMDB/TO) se reelegeram. Para cientistas políticos, o quadro já era
esperado devido ao formato do pleito e às decisões dos partidos – que preferem
os tradicionais puxadores de voto para esse cargo. Ao todo, as eleições
colocaram em disputa 27 das 81 cadeiras do Senado. Isso porque, pelas regras
eleitorais, a cada quatro anos são eleitos um ou dois candidatos por Estado. Na
disputa de 2018, portanto, 54 cadeiras serão colocadas em disputa.
Reeleição
Entre os senadores cuja legislatura se encerraria
no próximo ano, dez tentaram a reeleição. Desses, cinco conseguiram renovar o
mandato de oito anos - como o senador paranaense Álvaro Dias (PSDB). Já entre
as "novidades" aparecem os ex-governadores tucanos José Serra (SP) e
Tasso Jereissati (CE).
"A casa que tem menos espaço para renovação é
o Senado, porque são eleições majoritárias e os candidatos precisam de
estruturas grandes (para se eleger). Mesmo que haja um momento de transformação
no País, o Senado acaba sendo o último a ter mudanças", diz o pesquisador
e especialista em Ciência Política Leonardo Barreto, da Universidade de Brasília
(UnB). Para Barreto, a exceção é Romário (PSB) – senador eleito pelo Rio de
Janeiro. "Essa escolha fugiu do conservadorismo", justifica. Opinião
que é compartilhada por Luís Domingos Costa, professor de Ciência Política da
Uninter. "O Romário é um político diferente das demais celebridades que se
arriscam em mandatos. Ele é ambicioso, tem força popular e uma performance
legislativa de destaque. Além disso, está em um partido carente de
lideranças."
Adeus Sarney
As eleições também marcam o fim da passagem do senador
José Sarney (PMDB/MA) pelo plenário. Com 59 anos de carreira política, ele
optou por não disputar o seu quarto mandato e deve encerrar, pelo menos
oficialmente, a mais longeva trajetória entre os que exercem mandato
atualmente. Segundo o pesquisador Leonardo Barreto, porém, essa aposentadoria
pode não representar novos ares no Senado.
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