sábado, 11 de outubro de 2014

Avanços gays em alguns países causam retrocesso em outros, diz 'Economist'


Cidadania
  




#COMENTÁRIO

Inicialmente, cada um faz o que quiser com seu próprio corpo, trata-o bem ou mal, cada um responde por seus próprios atos para com ele. Concomitantemente, cada um tem seu livre arbítrio para fazer qualquer coisa, inclusive decidir sobre sua sexualidade. Estas leis da natureza humana são de conhecimento de todos e também tem o respeito de todos indistintamente. As relações entre parceiros, independentes de sexo têm seu ápice normalmente entre quatro paredes e há uma infinidade de gays que assim agem e não questionados por ninguém. 
O problema se inicia quando alguns pares, protegidos por lei e com a nítida intenção de agredir a relação com a sociedade, se soltam e provocam a todos à sua volta. Eles têm direito de fazerem isso em qualquer lugar? Têm, sim. Da mesma forma que os outros também o tem de não aceitarem que tais atos desacatem sua moral e seus costumes.
O que podemos concluir é que as reações homofóbicas são geradas quase em sua totalidade, após atos desafiadores executados de maneira consciente e objetiva.

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

Se houve mais respeito pelas opções de ambas as partes, não haveria menos demonstrações homofóbicas?

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DE SÃO PAULO - 11/10/2014

A decisão desta semana da Suprema Corte dos Estados Unidos que elevou para 24 o número de Estados do país, além do Distrito de Colúmbia, que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma mostra dos gays no mundo.
Entretanto, essa mesma evolução causa retrocessos para esses cidadãos em outros locais do globo – o sexo homossexual ainda é ilegal em 78 países e alguns deles recentemente aprovaram leis que tornam a legislação ainda mais dura.
Esse é o saldo encontrado pela revista britânica "The Economist", uma das mais respeitadas do mundo, em sua reportagem de capa desta semana, destinada a analisar a divisão global nos direitos dos gays.
A publicação cita os casos recentes da Nigéria, que recentemente aprovou uma lei que prevê dez anos de prisão para pessoas do mesmo sexo que assumem seu relacionamento publicamente, e da Rússia, que barra a "promoção" da homossexualidade.
"Isso é, em parte, uma reação ao avanço dos direitos gays no Ocidente", diz a revista. Com a globalização, pessoas que moram em países em que a maioria considera a homossexualidade uma abominação agora podem ver imagens de Paradas Gays em vários locais. "Eles consideram isso chocante", afirma a publicação.
Esse fator é usado por políticos para ganhar popularidade, já que, diz a "Economist", "em muitos locais, "atacar os direitos dos gays ainda pode ser politicamente útil e popular".
Um exemplo disso é o presidente russo, Vladimir Putin, que usa esse discurso para abordar outros temas: que o Ocidente traz uma influência que deve ser rejeitada e que a tolerância e o liberalismo são contrários aos valores russos.
Ao mesmo tempo, em alguns países, a aprovação pública dos direitos dos homossexuais aumentou rapidamente.
A revista conta que, há menos de 20 anos, em janeiro de 1996, ao colocar na capa a imagem de dois bonequinhos de noivos em um bolo de casamento com o título "deixe que eles se casem", recebeu "mais cartas hostis do que qualquer outra capa anterior, ultrapassando inclusive o pedido pela abolição da monarquia britânica".
Ao citar uma pesquisa do instituto Pew Research em 39 países que relaciona a religiosidade do país à sua tolerância com os gays, a "The Economist" diz que o Brasil é "uma enorme exceção" e que as atitudes aqui são "amplamente tolerantes". "A violência homofóbica, entretanto, permanece um problema", afirma. 




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