Mídia
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#COMENTÁRIO
Um problema a que poucos estão atentos,
a dependência dos computadores está se tornando a cada dia mais e mais
realidade. Em graus maiores ou menores de dependência, variando de pessoa para
pessoa, vê-se claramente que os adultos reservam algum tempo de seu dia para
Internet. Enquanto essa técnica esta dominada, tudo bem, o problema começa
quando o tempo em frente à tela começa a tomar espaço de outras atividades,
chegando a se tornar prioridade sobre todas as outras coisas. Isso é muito
comum entre os jovens que embora não utilizem seu tempo em frente a telas sobre
mesas, utilizam-se de seus smartphones e aí o perigo se torna muito maior. Além
de perderem-se a noção de tempo, eles o fazem caminhando pelas ruas
inadvertidamente, correndo riscos pelo trânsito e manterem-se em um plano
mental totalmente disperso de onde se encontra seu corpo.
Isso torna tão automático e a pessoa
não é mais capaz de encontrar tempo para mais nada além de conversar via chats,
ver e ouvir clipes e mais nada...
Temos urgente que criar algo parecido
ao que esses japoneses estão se preocupando...
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Terra.com.br
#CONVITE
O povo, principalmente os jovens estão
fora da realidade?
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Oito dias
de acampamento na floresta sem tocar um computador nem um smartphone - um
"jejum de internet" que serve como tratamento pioneiro no Japão para
uma dependência que afeta cada vez mais japoneses, especialmente os jovens.
Uma
dezena de adolescentes participou de forma voluntária no primeiro programa
deste tipo iniciado no país asiático em agosto, e que antes só tinha sido
testado na vizinha Coreia do Sul, explicou à Agência Efe o coordenador do
projeto, o psiquiatra Susumu Higuchi.
Os jovens
se alojaram em cabanas perto do monte Fuji, fizeram trilhas e outras atividades
ao ar livre e prepararam suas próprias refeições, tudo isso acompanhados de
três psicólogos e no marco de um tratamento de grupo.
O método
"mistura o tratamento com fazer-lhes experimentar o mundo real, o trabalho
em grupo e o contato com a natureza", detalhou Higuchi, diretor do Centro
Médico Nacional Kurihama para Dependências do Japão.
Os
participantes apresentavam sintomas de dependência à internet, definida pelo
especialista como "um uso excessivo ou compulsivo" de dispositivos
como computadores e smartphones, e acompanhado de consequências psicológicas,
sociais ou educativas.
Em sua
chegada ao acampamento, os adolescentes "eram muito reticentes a interagir
entre si e com os psicólogos", mas ao término do mesmo "se mostraram
falantes, extrovertidos e desenvolveram laços íntimos entre eles",
destacou o coordenador.
Além
disso, cada participante elaborou seu próprio plano para "conviver com os
computadores e a internet de forma saudável", relatou Higuchi, que, no
entanto, considera que "ainda é cedo" para avaliar os resultados do
programa, "cujos verdadeiros efeitos serão vistos no longo prazo".
O
"acampamento sem internet" começou por iniciativa do Ministério da
Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia do Japão, por conta de
alarmantes estatísticas sobre a dependência à internet entre os jovens
divulgadas no ano passado.
Uma
consulta realizada entre mais de 100 mil estudantes de primário e ensino médio
em 2012 - a mais ampla no Japão até o momento - revelou que 6,5% dos meninos e
9,9% das meninas mostrava "uma dependência severa" da internet.
Entre
seus sintomas se encontram os transtornos de sono ou alimentícios e o hábito de
passar cinco horas por dia conectado à rede.
Outros
transtornos frequentes entre os viciados em internet são o déficit de atenção, a
hiperatividade, a ansiedade e a depressão, e em alguns casos extremos também
foram diagnosticados fobia social e síndrome de Asperger.
Quanto
aos adultos, o fenômeno afetava 4,5% dos homens e 3,6% das mulheres em 2013, o
que representa um aumento de quase 1,5 ponto em cada grupo desde 2008, segundo
outra pesquisa realizada pelo citado centro estatal.
"A
quantidade de pacientes aumentou de forma significativa e seguirá crescendo no
futuro, mas o número de clínicas que ofertam tratamentos específicos é, por
enquanto, muito limitado", declarou Higuchi, que também é membro do Comitê
sobre Alcoolismo e Toxicomania da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O centro
que ele dirige é, de fato, o único no Japão que conta com uma clínica
especializada para tratar a dependência à internet, e desde sua abertura, em
abril de 2011, passaram por ele 1.300 pacientes, a grande maioria deles menores
de idade.
"Ainda
estamos em uma fase muito inicial do tratamento deste novo problema",
admitiu Higuchi, acrescentando que não há consenso na comunidade científica
para considerar a dependência à internet como uma patologia
"oficial", já que em muitos países ainda não se mediu seu impacto.
Atualmente
este tipo de dependência não é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde
nem pela Associação de Psiquiatras dos Estados Unidos, que elaboram os manuais
de diagnóstico de referência em nível mundial.
Em
qualquer caso, o ministério japonês planeja repetir os "acampamentos sem
internet" no próximo ano e em maior escala, garantiu o especialista.
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