Mundo
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Policial guarda
a sede do BC em Buenos Aires, onde foi posta faixa nas cores da bandeira do
país
#COMENTÁRIO
Pois é, aqueles que enchem os bolsos de dólares e vão para a Argentina
comprar coisas, fiquem espertos, Senhora Kirschner resolveu apertar o cerco ao
comércio de dólar paralelo, famoso “blue”. Com uma cotação de quase o dobro do
valor do dólar oficial e ainda com o problema de limitações na transação com a
moeda, o dólar paralelo é como aqui no Brasil um chamariz aos viajantes com
bolsos cheios de dólares. Uma empreitada árdua essa que Senhora Kirschner se
propõe a fazer, as incursões policiais de repreensão às casas de câmbio podem
gerar graves conflitos, como já experimentamos por estas paragens. Boa sorte
Argentina...
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha de São Paulo
#CONVITE
Você acha válida a ação para contenção de
preço da moeda estrangeira na Argentina?
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FELIPE
GUTIERREZ - DE BUENOS AIRES - 09/10/2014
Para tentar conter a alta do dólar
paralelo, o governo argentino irá reformular a lei sobre a compra e venda de
moedas estrangeiras de maneira ilegal no país.
A ideia é transformar o comércio ilegal
da moeda em delito menor, cujo combate pela polícia não careça de aval de
órgãos públicos como o Banco Central – incluindo aí ações de busca e apreensão
em casas de câmbio.
Na Argentina, o dólar paralelo, chamado
de "blue", é cotado em cerca de 15 pesos, enquanto o oficial vale em
torno de 8,40 pesos. A diferença cresceu depois que o governo começou a
restringir a compra de dólares oficiais, determinando, por exemplo, que só
argentinos que ganhem acima de 8.800 pesos (R$ 2.512) podem comprar a moeda
americana. Apesar de a compra e venda de dólar paralelo ser crime, as casas de
dólar, chamadas de "cuevas" (cavernas), operam abertamente,
geralmente sob fachada de negócios de compra e venda de ouro, com funcionários
nas ruas do centro de Buenos Aires anunciando as operações.
Segundo o jornal "La Nación",
a ideia de mudar a lei surgiu depois do fracasso de uma operação contra os
doleiros no fim de agosto. As buscas, feitas em casas de câmbio ilegal no
centro da capital, resultaram em apreensões de dólares aquém do esperado pelos
procuradores.
BANCO CENTRAL
A Procuradoria teme que as operações
contra doleiros estivessem sendo vazadas pelo Banco Central. A suspeita
culminou na demissão do presidente da entidade, Juan Carlos Fábrega, que
anunciou sua saída na última semana após a presidente Cristina Kirchner dizer,
em discurso na Casa Rosada, que o BC era conivente com o mercado de dólar
paralelo. Fábrega estava na plateia.
O setor da Procuradoria responsável por
combater crimes econômicos confirmou a intenção de mudar a lei. Além da
suspeita sobre o BC, o procurador Carlos Gonella diz ter detectado funcionários
de diferentes braços da polícia fazendo segurança privada das
"cuevas". Gonella entrou com denúncias pedindo para investigá-los. Além
disso, um irmão de Fábrega é suspeito de ser dono de uma dessas casas. Apesar
da intensificação do cerco, as "cuevas" continuam operando. Têm sido
mais cautelosas, porém. A quantidade de pessoas anunciando câmbio no centro de
Buenos Aires diminuiu. Em uma delas, na última segunda-feira (6), o encarregado
das transações afirmava que ainda não está preocupado com as consequências de
uma mudança de lei, mas que irá ficar atento ao noticiário.
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