segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Mudança climática ajuda a restaurar camada de ozônio


Futuro






#COMENTÁRIO

Nossa convivência em harmonia na Terra inclui algumas regras que não deveríamos quebrar, entre elas, os cuidados com os raios solares. Tão necessários à nossa sobrevivência, podem-se tornar nocivos quando descarregamos no ar partículas nocivas a ele. Podemos nos considerar uns “sugismundos” inveterados, quando não sujamos a terra, sujamos a água e quando vamos descansar um pouco, aproveitamos para sujar o ar... “Eta nóis, né?”  Brincadeiras à parte, nós deveríamos levar a sério essa estória de camada de ozônio. A industrialização chegou a tal ponto de sofisticação que nem podemos imaginar, porém pecamos no desenvolvimento de tecnologias para nos proteger dos restos da produção industrial. Lentamente, aqui no Brasil, está se tomando consciência desses problemas que nos mesmos criamos e muito a contra-gosto das grandes empresas produtoras, parece-nos que já existem algumas providências isoladamente.
Deveria haver a união de interesses dos órgãos reguladores nas aberturas e liberações de alvarás para funcionamento, um travasse o outro até que se completasse o atendimento de todas as exigências legais. E isso obrigatoriamente deveria incluir o meio ambiente.

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

Já existe um esboço dessa proposta. Não deveria ser uma obrigatoriedade?

Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).







RAFAEL GARCIA - DE SÃO PAULO - 22/09/2014 

O aquecimento global poderá trazer de chuvas e secas extremas à subida do nível do mar, mas ao menos uma coisa positiva ele já produziu: graças à mudança climática, a camada de ozônio (O3) que nos protege dos raios ultravioleta vem se restaurando mais rapidamente.
A OMM (Organização Meteorológica Mundial) publicou neste mês seu sétimo grande relatório científico sobre o problema. O documento aponta que, após ficar em níveis estagnados desde 2000, o ozônio estratosférico (que sofrera uma queda acentuada nos anos 1980 e 1990) está finalmente começando a se recuperar.
Os dados ainda não são conclusivos para toda a camada de ozônio estratosférica mas, em altitudes maiores, acima de 40 km, a recuperação já é fato. Ali, o ozônio se recuperou cerca de 3% na última década.
Metade dessa boa notícia, afirmam cientistas que trabalharam no documento, se deve à assinatura do Protocolo de Montreal, em 1987, o tratado internacional que obrigou a indústria a reduzir emissões de substâncias destruidoras de ozônio, como os CFCs (clorofluorcarbonetos).
A outra metade, no entanto, pode ser atribuída ao CO2 (gás carbônico), o principal causador do aquecimento global. Ao reter calor na troposfera (a camada inferior da atmosfera), a estratosfera, camada superior, se resfria. E, no frio, as reações químicas que quebram a molécula de ozônio ocorrem a uma taxa mais lenta.
Apesar de parte da melhora na camada de ozônio ser atribuída a um fenômeno que, por outras razões, é indesejado, o relatório da OMM tem um tom animador.
"Eu diria que é uma boa notícia, sim, mas num contexto com certa complexidade", disse à Folha Paul Newman, geocientista da Nasa e um dos autores principais do documento. Só o fato de a produção de CFCs ter sido reduzida, não ampliada, já se traduz em números de vidas salvas – 2 milhões de pessoas deixaram de desenvolver câncer de pele, afirma a OMM.
A complexidade em avaliar a recuperação da camada de ozônio se deve ao fato de que sua oscilação natural é muito grande, o que torna a margem de erro das projeções muito alta. Além disso, a interação do problema do ozônio com o aquecimento global não se dá somente pelo resfriamento da estratosfera.
"Os CFCs não apenas danificam a camada de ozônio, mas também são gases de efeito estufa poderosos", explica Newman. "Ao regulamentar os CFCs, então, estávamos fazendo duas coisas: resolvendo o problema do ozônio e desacelerando o aquecimento global."
Uma estimativa do climatologista britânico Myles Allen publicada no ano passado aponta que a temperatura na superfície do planeta estaria 0,1°C mais quente hoje, em média, sem o Protocolo de Montreal.
O novo relatório da OMM, porém, alerta que esse benefício pode não durar muito. Os HFCs (hidrofluorcarnonetos), os compostos que a indústria começou a usar mais recentemente para substituir os CFCs, também são potentes gases-estufa, apesar de não destruírem ozônio.
"A camada de ozônio e a mudança climática estão intricadamente conectadas, e o aquecimento global ficará cada vez mais importante para o futuro da camada de ozônio", afirma o relatório. 




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Qual a sua opinião sobre isso?