Cidadania
|
#COMENTÁRIO
Começo o comentário com um questionamento.
Quem já não correu atrás de uma bola em um campinho de bairro, num terreno
baldio, na rua...
Se você é um feliz craque que não teve um futuro brilhante no
futebol ou mesmo um “perna de pau” sem jeito para o negócio, sabe muito bem o
que vamos comentar, você certamente já
vivenciou isto. Estou falando do que se diz do lado de fora das quatro linhas,
da calçada, dos ficaram encostados nas cercas à espera de uma chance de entrar
na grande peleja que está sendo disputada às custas de caneladas e torções
infindáveis, tombos... Quantos tombos!
Pois é, os tombos não importam aqui, o
que importa é o que dizem, o que lhe chamam quando erra um lance, quando você
joga mal e o outro quer entrar em seu lugar... Se lembra? É disso que quero
comentar, traçar um paralelo com os nossos queridos heróis, jogadores de vidro,
sensíveis, sempre tão cansados... Longe de ater-se ao mérito da questão do
racismo, que deve ser punido mesmo, e essas punições têm que ser caras... Caras
em dinheiro, caras em moral. Um racista não merece a menor consideração.
Mas aonde quero chegar é a
sensibilidade dos jogadores especialmente, num esporte que até pouco tempo
atrás era considerado de machos, de homens, era demonstração de habilidade,
resistência, agilidade e força bruta, de uma hora para outra nossos heróis do
futebol passam a chorar em público por nada, passam a serem sensíveis por
qualquer coisa que falem, levando a extremos de processos cíveis por qualquer
motivo e aquilo que deveria ser um espetáculo, passa a ser uma demonstração de
poderio advocatício e um toma lá da cá na mídia, um "ping pong" entre o ofendido
e o ofensor.
Não tem algo errado em tudo isso?
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
Você não acha nossos jogadores tão
frágeis, tão sensíveis?
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
RAFAEL REIS - DE SÃO
PAULO - 20/09/2014
Aranha voltou a ser alvo de injúrias raciais de
torcedores do Grêmio, avaliam advogados ouvidos pela reportagem.
Nesta sexta (dia 18), ao desembarcar em São Paulo
vindo de Porto Alegre, o goleiro do Santos disse que foi chamado de
"branquelo" pela torcida do time rival durante o jogo entre Grêmio e Santos
na noite de quinta (dia 17).
"Não me chamaram de preto fedido, mas de
branquelo. Era piada?", indagou o goleiro, que também foi vaiado diversas
vezes durante o jogo.
Essa partida aconteceu 21 dias depois que ele foi
ofendido com gritos de "macaco" na Arena Grêmio, em episódio que
levou à exclusão do clube da Copa do Brasil.
Além do "branquelo" mencionado por
Aranha, imagens do site "Globoesporte.com" mostram um gremista
gritando "Branca de Neve" em direção ao goleiro. São, afinal, novas
ações racistas?
"O que vale é a intenção, não a palavra usada.
Não importa se você fala uma palavra que é o oposto da original com a mesma
intenção de ofender. Se há um componente racial, você deve aplicar essa
lei", avalia o advogado Mário Solimene Filho, especialista em questões de diversidade
racial e sexual.
O advogado Dojival Vieira dos Santos, presidente de
uma ONG que combate o racismo, é mais enfático. Ele cobra que o Grêmio receba
uma nova punição, semelhante à que o tirou da Copa do Brasil.
"Não há dúvida de que aconteceu ontem [quinta]
o mesmo que havia ocorrido em agosto, com o agravante da reincidência. A lei
diz que não se pode utilizar elementos referentes a cor ou raça em
ofensas", afirma.
Já diretor jurídico do Grêmio, Thiago Brunetto,
disse não ter ouvido ofensas dirigidas ao goleiro, apenas vaias.
"É evidente que o goleiro ganhou o
protagonismo por causa dessa situação lamentável e que a torcida do Grêmio
pegou no pé, vaiou o jogo inteiro. Campo de futebol não é shopping, não é um
ambiente de educação. Não podemos criminalizar a vaia."
O procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, disse
que, por ora, não irá investigar o comportamento da torcida gremista no
reencontro com o goleiro do Santos. Para ele, não há "registros de
ocorrências significativas".
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Qual a sua opinião sobre isso?