Sociedade
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#COMENTÁRIO
Quem tem o dom de observação das coisas
acontecendo à sua volta já visualizava esta realidade há muito tempo. O
ensinamento básico nas escolas brasileiras está a cada dia que passa em pior
estado. Embora este levantamento não contemple, mas o que se vê também é quase um
mesmo resultado apresentado pelas escolas da área particular de ensino, salvo
algumas escolas que mantêm um nível alto de ensino, a grande maioria não
apresenta resultados melhores que as redes de ensino ligadas a governos. E o
pior é que esse baixo nível de aprendizado não se restringe a Matemática e
Português, outras disciplinas muito importantes na formação da criança, deixam
a desejar o seu resultado ou até em alguns casos, foram extintos da grade
escolar.
As políticas de melhorias no ensino escolar básico, não passam de
remendos para um sistema falido e não existe um projeto real de desenvolvimento
de raciocínios para essa criançada.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
Você acha que os métodos de ensino
atualmente em uso são suficientes?
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FLÁVIA FOREQUE - DE
BRASÍLIA - 26/09/2014
Na primeira avaliação nacional da alfabetização
promovida no país, Estados do Norte e Nordeste registraram o pior desempenho no
exame, que mediu conhecimentos de português e matemática de cerca de 2,3
milhões de crianças do 3º ano (oito anos de idade) na rede pública.
No extremo oposto, Estados do Sul e Sudeste como
Santa Catarina e Minas Gerais tiveram bons indicadores.
A prova foi aplicada no final do ano passado e
mediu a aprendizagem com base em uma escala de quatro níveis. Em leitura, 22
Estados brasileiros concentraram mais da metade de seus alunos nos dois níveis
mais baixos.
Em matemática, 20 Estados e o Distrito Federal
estão nessa situação, o que significa que essas crianças não conseguem analisar
informações em gráfico de barras ou resolver problemas de subtração com número
de até dois algarismos, por exemplo.
Na semana passada, os dados foram encaminhados às
escolas via sistema on-line, ao qual a Folha teve acesso.
O presidente do Inep (órgão do Ministério da
Educação responsável pelo exame), José Francisco Soares, explicou que os níveis
2, 3 e 4 são tidos como adequados, ainda que indiquem diferentes estágios de
aprendizagem.
A ANA (Avaliação Nacional da Alfabetização) é uma
das medidas que integram o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa,
lançado pela presidente Dilma Rousseff (PT) em 2012.
O ministro Henrique Paim (Educação) afirmou que
escolas com baixo desempenho terão atenção especial.
"Nós não estamos satisfeitos, por isso temos o
pacto, para melhorar os resultados."
O Inep não elaborou um indicador nacional com base
nos dados de cada escola nem unificou os resultados das três áreas em um
indicador de alfabetização. O objetivo é evitar a criação de um ranking
nacional com base em prova aplicada a crianças em início de vida escolar.
As escolas também receberam informações sobre o
perfil de seu corpo docente e o nível socioeconômico dos alunos, com base na
escolaridade e posse de bens e serviços pelos pais.
Alejandra Velasco, coordenadora-geral do movimento
Todos pela Educação, destaca que um desempenho ruim nessa fase do ensino
fundamental repercute nas etapas seguintes. "O quarto e quinto ano são de
consolidação dessa aprendizagem."
Para ela, a formação de docentes e a infraestrutura
das escolas contribuem para o "abismo entre as regiões".
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