sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Estradas de SP serão estacionamento a céu aberto em 2030, diz estudo

Trânsito na rodovia dos Bandeirantes; estudo diz que estrada será estacionamento a céu aberto em 2030


#COMENTÁRIO

Realmente é um inferno estar nas estradas em algumas datas. Se caminharmos empurrando o carro, estaríamos nos deslocando mais rapidamente. É urgente a necessidade de reativarmos essa estrutura férrea que está se deteriorando a cada dia mais e mais.
Essa maneira de locomoção entre cidades, que já foi muito utilizada no Brasil, é um modo muito mais barato, isto é, baratearia os fretes hoje cobrados e em um primeiro momento, aceleraria o deslocamento de pessoas rumo à capital paulista. Quando se diz que o entrave para execução dessa proposição é o governo federal, nas entrelinhas da justificativa leia-se, os acordos “em off” fechados com as montadoras de veículos de transporte de cargas e passeio e o governo federal é que impedem a reativação da malha ferroviária. Quem sabe os interesses mudem... Vide Alstom, Siemens, Bombardier, Hitachi...

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

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ANDRÉ MONTEIRO - DE SÃO PAULO - 12/09/2014 

As rodovias Anhanguera e Bandeirantes, importantes ligações de São Paulo ao interior do Estado, vão travar.
O movimento nas rodovias cresceu 548% nos últimos 15 anos. Hoje alguns trechos já são classificados como E, nível de serviço considerado insatisfatório, e a previsão de um estudo do governo estadual é que a situação piore e que a maioria vire F em 2030. "Isso é estacionamento a céu aberto", diz Thierry Besse, assessor de infraestrutura da Secretaria da Casa Civil.
Ele afirma que o nível D já aponta saturação e exige aumentar a quantidade de faixas, mas isso já foi feito nas duas rodovias – hoje alguns trechos da Bandeirantes já têm cinco pistas por sentido.
Os dados foram apresentados em painel da Semana de Tecnologia Metroferroviária sobre trens regionais.
Besse, que coordena o projeto de trens intercidades no governo, afirma que o diagnóstico das rodovias mostra a urgência de retomar uma ligação por trilhos entre a capital e a região de Campinas.
A ideia é debatida há anos – chegou a ser apontada como prioridade pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), que agora repete a promessa para um eventual novo mandato.
Segundo Besse, o projeto mais avançado prevê criar uma linha de 134 km saindo da estação Água Branca (centro de São Paulo) até Americana, com paradas em sete cidades (Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos, Campinas, Sumaré e Nova Odessa). A previsão é lançar o edital da PPP (parceria público-privada) em 2015. As obras teriam custo de R$ 5 bilhões, metade da iniciativa privada, e demorariam cinco anos.
O principal entrave, segundo o governo estadual, é a negociação com o governo federal, já que o projeto aproveita o leito ferroviário existente, de controle federal.
A ideia é preservar o espaço da linha 7-rubi da CPTM, que vai até Jundiaí, e criar vias independentes para os trens de carga, que hoje compartilham os trilhos da CPTM.
O arranjo aceleraria a obra e reduziria custos, segundo o governo. Mas também irá reduzir o desempenho dos trens regionais, que teriam velocidade máxima de 120 km/h devido ao traçado escolhido.
Especialistas questionam o projeto e afirmam que a velocidade deveria ser maior para atrair mais usuários.
Besse diz que o projeto é competitivo – a viagem até Campinas levaria 1 hora e 4 minutos, com regularidade e tarifa próxima à do ônibus (R$ 28). A demanda estimada é de 68,5 mil pessoas/dia.
O governo também estuda outras linhas até Sorocaba, Santos e o Vale do Paraíba. 

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