Trânsito na rodovia dos Bandeirantes; estudo diz
que estrada será estacionamento a céu aberto em 2030
#COMENTÁRIO
Realmente é um inferno estar nas estradas em algumas datas. Se
caminharmos empurrando o carro, estaríamos nos deslocando mais rapidamente. É urgente
a necessidade de reativarmos essa estrutura
férrea que está se deteriorando a cada dia mais e mais.
Essa maneira de locomoção
entre cidades, que já foi muito utilizada no Brasil, é um modo muito mais
barato, isto é, baratearia os fretes
hoje cobrados e em um primeiro momento, aceleraria o deslocamento de pessoas
rumo à capital paulista. Quando se diz que o entrave para execução dessa
proposição é o governo federal, nas entrelinhas da justificativa leia-se, os acordos “em off” fechados com as
montadoras de veículos de transporte de cargas e passeio e o governo federal é que impedem a reativação
da malha ferroviária. Quem sabe os
interesses mudem... Vide Alstom, Siemens, Bombardier, Hitachi...
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
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ANDRÉ MONTEIRO - DE SÃO
PAULO - 12/09/2014
As rodovias Anhanguera e Bandeirantes, importantes
ligações de São Paulo ao interior do Estado, vão travar.
O movimento nas rodovias cresceu 548% nos últimos
15 anos. Hoje alguns trechos já são classificados como E, nível de serviço
considerado insatisfatório, e a previsão de um estudo do governo estadual é que
a situação piore e que a maioria vire F em 2030. "Isso é estacionamento a
céu aberto", diz Thierry Besse, assessor de infraestrutura da Secretaria
da Casa Civil.
Ele afirma que o nível D já aponta saturação e
exige aumentar a quantidade de faixas, mas isso já foi feito nas duas rodovias
– hoje alguns trechos da Bandeirantes já têm cinco pistas por sentido.
Os dados foram apresentados em painel da Semana de
Tecnologia Metroferroviária sobre trens regionais.
Besse, que coordena o projeto de trens intercidades
no governo, afirma que o diagnóstico das rodovias mostra a urgência de retomar
uma ligação por trilhos entre a capital e a região de Campinas.
A ideia é debatida há anos – chegou a ser apontada
como prioridade pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), que agora repete a promessa
para um eventual novo mandato.
Segundo Besse, o projeto mais avançado prevê criar
uma linha de 134 km saindo da estação Água Branca (centro de São Paulo) até
Americana, com paradas em sete cidades (Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos,
Campinas, Sumaré e Nova Odessa). A previsão é lançar o edital da PPP (parceria
público-privada) em 2015. As obras teriam custo de R$ 5 bilhões, metade da
iniciativa privada, e demorariam cinco anos.
O principal entrave, segundo o governo estadual, é
a negociação com o governo federal, já que o projeto aproveita o leito
ferroviário existente, de controle federal.
A ideia é preservar o espaço da linha 7-rubi da
CPTM, que vai até Jundiaí, e criar vias independentes para os trens de carga,
que hoje compartilham os trilhos da CPTM.
O arranjo aceleraria a obra e reduziria custos,
segundo o governo. Mas também irá reduzir o desempenho dos trens regionais, que
teriam velocidade máxima de 120 km/h devido ao traçado escolhido.
Especialistas questionam o projeto e afirmam que a
velocidade deveria ser maior para atrair mais usuários.
Besse diz que o projeto é competitivo – a viagem
até Campinas levaria 1 hora e 4 minutos, com regularidade e tarifa próxima à do
ônibus (R$ 28). A demanda estimada é de 68,5 mil pessoas/dia.
O governo também estuda outras linhas até Sorocaba,
Santos e o Vale do Paraíba.
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