#COMENTÁRIO
Que me perdoem os senhores policiais, aos quais lhes devo todo meu
respeito pelo trabalho que exercem, mas essa tomada de ação com respeito às gratificações (bônus) está muito
errada. O governo do Estado jamais poderia ter tomando essa decisão de eliminar um indicador do plano de
metas, afinal é sim obrigatoriedade
de todo policial responder pela diminuição
dos roubos em geral.
Se ele queria dar um incentivo em forma
de bônus à corporação, deveria fazê-lo sem rodeios ou alterando planos já
implantados e em andamento. Essa é uma medida que pode num futuro representar
um problema administrativo, pois houve
uma abertura de exceção às regras da instituição.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
Foi correta a ação do governo do Estado
nesse caso?
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REYNALDO TUROLLO JR. - DE SÃO
PAULO
LÉO ARCOVERDE - DO
"AGORA"
09/09/2014
Após o número de roubos subir por 14 meses
seguidos, tanto no Estado como na capital, o governo de São Paulo excluiu esse
indicador do plano de metas da segurança, o que vai facilitar o pagamento de
bônus a policiais.
Se não houvesse a exclusão, conforme diagnóstico da
Secretaria da Segurança Pública da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), pouquíssimos
ou nenhum policial receberia o estímulo, devido ao mau desempenho do Estado na
tentativa de frear os assaltos. Para o secretário Fernando Grella, a mudança
serve para "consolidar" e tornar "justo" o programa de
metas. Isso porque, segundo ele, houve um aumento grande nos registros de
roubos por causa da delegacia eletrônica. Desde dezembro, é possível registrar
roubos pela internet, o que, conforme Grella, altera a série histórica, não
permitindo comparar dados de 2014 com os de 2013 para a criação de metas. O
secretário reconhece, porém, que mesmo sem os registros pela internet haveria
alta de roubos neste ano, ainda que em percentual menor.
Além disso, pelo plano de metas original, a ideia
era só frear a alta de roubos no Estado – ou seja, deixá-los no mesmo patamar
de 2013. O bônus foi instituído em janeiro e previa pagar até R$ 2.000 por
trimestre – ou R$ 8.000 por ano – para policiais militares e civis que batessem
metas em três indicadores:
1) mortes violentas (homicídios e latrocínios);
2) roubos em
geral (exceto de bancos e de cargas); e
3) roubos e
furtos de veículos.
Agora, serão considerados apenas mortes violentas e
roubos e furtos de veículos. A lei que instituiu o programa foi aprovada na
Assembleia em junho. A alteração foi publicada no sábado (6) no "Diário
Oficial" do Estado e vale para o ano todo. A mudança ocorre a um mês das
eleições – Alckmin é candidato à reeleição. Em abril, Grella já havia dito que
deveria rever os critérios do programa, para não "prejudicar o esforço do
policial". Os bônus variam. Há metas locais – para delegacias e batalhões,
por exemplo – e para o conjunto do Estado. O valor máximo só é pago se a
unidade territorial do policial bater as metas e o Estado também. Na sexta
(12), segundo Grella, serão pagos os bônus relativos ao primeiro trimestre. Os
valores variam de R$ 250 a R$ 400. Nenhum policial atingiu o máximo. O
secretário não informou quantos receberão. Pelas regras de janeiro, não haveria
nenhum pagamento referente ao primeiro trimestre – nesse período, os roubos
subiram 33,5% no Estado e 44,6% na capital.
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