#COMENTÁRIO
Até alguns anos atrás, era muito comum
que as famílias se preocupassem com
seus idosos. Depois houve uma próxima geração
que assumiu a ideia de ancorar seus velhinhos em asilos e casas de repouso para idosos. Essa decisão levou a
desentendimentos familiares, a uma constante sensação de mal estar e de abandono dos seus.
Hoje, essa geração está se colocando no
lugar de seus antepassados e já
dispõe de conhecimentos suficientes para não fazer os seus decidirem por suas
vidas, nem em uma situação ou em outra. Ela já tem conhecimento dos problemas e
das dores que ambas as situações impingem para seus familiares diretos.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
Você acredita também que esta é uma boa
estratégia dos idosos?
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DE SÃO PAULO - 07/09/2014
Dona Alzira, 77, viúva, mora sozinha há 15 anos em
seu apartamento na Vila Zelina, zona leste de São Paulo, e não quer outra vida.
Não dá satisfação a ninguém, viaja com as amigas, participa de uma roda de
tricô e passa o domingo com filho, nora e netos. Idosos como Alzira Gestinari
são cada vez mais comuns em São Paulo. Em cerca de um terço das residências de
apenas um morador vivem maiores de 65 anos. E o número de idosos morando
sozinhos cresce a uma taxa muito forte. Foi um aumento de 60% na década de 2000
. Hoje eles já são 155 mil.
"Nos EUA, 28% das pessoas moram sós; em
Manhattan, já são 50%. Em Estocolmo, na Suécia, 60%. É uma tendência
irreversível", diz o urbanista Anderson Kazuo Nakano.
Mas morar sozinho não é sinônimo de solidão, diz
Mirela Camargos, autora de um estudo demográfico sobre a terceira idade na UFMG
(Universidade Federal de Minas Gerais). "Os idosos têm mais saúde. A
comunicação está mais fácil. Quem mora só não está abandonado. É uma
opção."
Dona Alzira gosta da vida assim. "Saio, vou ao
bingo e viajo com minhas amigas", conta ela, que faz turismo tanto em
Caldas Novas (GO) como na França e na Espanha.
Recentemente, encarou uma ida à Disneylândia, nos
EUA, com a neta de 15 anos e a amiga dela.
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