#COMENTÁRIO
Como negociações efetuadas no Brasil parecem terem sido fechadas ao
final dos “happy hour” da vida... Não cabe em nossa mente como negociações de
milhões de reais são concretizadas sem um prévio
levantamento e análise das condições
reais de execução.
Especificamente neste caso, como foi
possível que compradores brasileiros
(representantes do Metrô Paulistano), passaram por cima de um pequeno detalhe,
a Alstom não tinha condições de cumprir com
o que estava vendendo. Um pequeno “descuido” custou ao Metropolitano Paulista
um atraso operacional de apenas seis anos, e ficamos por isso mesmo... Conheço
pessoalmente o tamanho do parque de
montagens da Alston, é impressionante, mas e daí?
Ficamos empolgados com a estrutura
dessa empresa e esquecemos de negociar profissionalmente ou...
O pior é que quase a maioria dos negócios concretizados no Brasil, aos
patamares federais, têm essa forma de negociação.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
Você não acha que as negociações deveriam ser feitas com mais critérios?
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ANDRÉ MONTEIRO - DE SÃO
PAULO - 11/09/2014
O Metrô diz que até o fim deste ano será implantado
um sistema de controle de trens mais moderno que permite melhorar a
superlotação na linha 2-verde.
O sistema foi comprado em 2008 e a previsão era que
estivesse em operação em 2010.
A melhora ocorre porque o sistema, chamado CBTC,
possibilita redução de 20% no intervalo entre os trens. Segundo Luiz Antonio
Carvalho Pacheco, presidente do Metrô, esse intervalo passará de 120 para cerca
de 100 segundos.
Com o intervalo menor é possível aumentar a
quantidade de trens em circulação e oferecer mais lugares para passageiros. Se
hoje a capacidade de transporte é de 48 mil pessoas por hora e sentido,
passaria para 57,6 mil.
Segundo Pacheco, nas linhas 1-azul e 3-vermelha, as
mais superlotadas da rede, o sistema começará a ser implantado em 2015 e deverá
estar em operação até 2016.
O sistema foi comprado da Alstom, empresa
investigada por formar cartel e fraudar licitações, por R$ 706 milhões (valor
não corrigido). Mas desde os primeiros testes surgiram falhas, como composições
que desapareciam da tela de controle. Os testes são feitos em trechos da linha
2 desde 2011. No ano passado, o sistema passou a funcionar nos 14,7 km do ramal
aos domingos. A Alstom foi multada pelo atraso e teve os pagamentos suspensos.
A disputa foi parar em um comitê de arbitragem, em que a multinacional reclama
que não vendeu o que o Metrô cobra e que novas exigências foram feitas. De
acordo com Pacheco, que está no Metrô desde junho de 2013 e não participou da
contratação, a empresa francesa teve dificuldade para adaptar seu sistema,
"um produto de prateleira", à realidade da rede paulistana.
"Na minha avaliação a Alstom nos vendeu um
produto que não tinha para desenvolver. Tinha o produto, mas não tinha para o
Metrô, uma empresa ímpar do ponto de vista de operação. É uma rede pequena e
com altíssima densidade, o que exige uma forma de operar diferente", diz. Segundo
o presidente, a principal diferença aqui é que o sistema em que os trens
circulam como em um carrossel recebe trens extras nos horários de maior
demanda.
"Parece óbvio, mas quando você fala para
colocar isso no sistema, eles entram em pânico. Quando eu coloco um trem, o
carrossel tem que ser todo recalculado, redefinido."
A Alstom também reclamava do tempo curto para
instalar equipamentos, já que o metrô para por poucas horas, na madrugada. Um
executivo chegou a comparar o trabalho a "trocar a turbina do avião em
pleno voo".
Pacheco diz, porém, que agora crê que as
dificuldades técnicas foram superadas.
"Acho que conseguimos acertar com eles o
cronograma e estamos acompanhando o que é factível. Lógico que muito atrasado
em relação a tudo, mas hoje, pelo andar da carruagem, a gente coloca a linha 2
em CBTC até o final do ano", afirma.
Segundo a Alstom, seu CBTC já foi implementado em
locais como Toronto, Milão, Amsterdã, Paris e Cingapura. O sistema também é
usado na linha 4-amarela, que opera sem condutores, mas o fornecedor é a
Siemens.
O governo também pretende adotar o sistema em
linhas da CPTM e nas novas linhas do metrô.
Pacheco diz ainda que até o fim do mês espera
assinar os contratos para as obras de expansão da linha 2. O prolongamento terá
13 estações e 15,5 km -14,4 km da Vila Prudente até Guarulhos e mais 1,1 km à
oeste da estação Vila Madalena.
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