Saúde
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#COMENTÁRIO
É até compreensível essa vã esperança
de que o ente querido ainda tenha um resquício de vida. A falta de
esclarecimento aliada a preceitos religiosos inibe a possibilidade e as chances
de alguém que esteja aguardando a oportunidade de uma nova vida. A reportagem
apesar de baseada em Alagoas, reflete em quase sua totalidade, as mesmas
reações das pessoas, apresentadas em todas regiões brasileiras. Deveria haver
por parte do Ministério da Saúde um amplo trabalho de esclarecimento sobre o
assunto nas mídias de maior poder entre as pessoas, a TV e o rádio.
Pensando friamente, é quase um ato de egoísmo
querer manter intacto o corpo do ente falecido quando a tantas pessoas
carecendo de uma doação para que possa sobreviver, para que possa ver, conhecer
um mundo que nunca viu, talvez...
Rodrigo Campos,
nefrologista da Santa Casa de Maceió
Matéria esclarecedora sobre Morte Cerebral,
clique e leia. Biblioteca
Virtual em Saúde
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Primeira
Edição
#CONVITE
Deveríamos expressar em vida o desejo de
doação de órgãos, não acha?
Eu sou doador múltiplo de órgãos.
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
Em Alagoas, a Central de Captação de Órgãos possui
342 pessoas na fila de espera aguardando um transplante. No Brasil, o Registro
Brasileiro de Transplantes (RBT) registrou em junho 17.814 pacientes aguardando
uma chance para viver ou para ter mais qualidade de vida. Enquanto isso, mesmo
após a confirmação de morte encefálica do paciente, muitas famílias têm
recusado a doação de órgãos.
Ainda segundo o RBT, publicado pela Associação
Brasileira de Transplante de Órgãos, em 2014 o sistema recebeu 4.551
notificações de potenciais doadores em todo o país. Deste total, 1.313 famílias
de pacientes sequer quiseram ser entrevistadas para tratar de uma possível
doação de órgãos. Em Alagoas, das 18 notificações verificadas no primeiro
semestre, 12 geraram entrevista e seis (50%) recusaram. Cinco doações não foram
autorizadas no período.
Os números revelam um dos principais empecilhos na
área de transplantes quando o assunto é doador falecido. “Mesmo após a
confirmação da morte encefálica, muitas famílias acreditam que o paciente pode
estar em coma e acordar a qualquer momento. Daí a recusa em tratar de uma
possível doação de órgãos”, comentou o nefrologista Rodrigo Campos.
O problema na demora em se decidir pela doação de órgãos
é que o paciente com morte encefálica pode sofrer uma série de ocorrências,
como parada cardíaca, por exemplo, que podem comprometer o estado de todos os
órgãos e todo o procedimento.
Daí o foco do Dia Nacional de Doação de Órgãos,
celebrado no neste sábado (27), ser direcionado às famílias e a cada cidadão
que queira realizar esse gesto humanitário: “Doe órgãos, doe vida!”
“Infelizmente, a cada 10 potenciais doadores,
quatro não realizam a doação de órgãos devido à recusa da família. Por isso, é
importante que todos expressem em vida esse desejo”, acrescentou Rodrigo
Campos.
Para ser doador não é necessário deixar nada por
escrito, mas é fundamental comunicar à família o desejo da doação. Normalmente,
todos concordam com a realização deste último desejo, que só se concretiza após
a autorização da família por escrito.
No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é
definido pela Resolução CFM Nº 1480/97, devendo ser registrado, em prontuário,
um Termo de Declaração de Morte Encefálica, descrevendo os elementos do exame
neurológico que demonstram ausência dos reflexos do tronco cerebral, bem como o
relatório de um exame complementar.
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