sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Ajuda de R$ 1 mi do Brasil contra vírus ebola é alvo de críticas


Mundo



 Funcionários carregam kits médicos do Brasil contra o ebola para serem enviados à África



#COMENTÁRIO

Já vínhamos comentando anteriormente que parecia que o Brasil não se interessava pelos acontecimentos na África. E agora vem em cena a contribuição solidária brasileira assombrando a todos. Conseguimos doar um ínfimo valor como se doado fosse uma moeda ao mendigo no semáforo, como é normal por aqui. Enquanto dispensamos e perdoamos dívidas de nossos “países parceiros”, enquanto patrocinamos construções faraônicas, nos esquecemos do lado solidário do povo brasileiro. As reais necessidades desses povos, face ao grande surto a que se submetem, justificam que países os ajudem. Nesse caso em especial, por solidariedade aos necessitados e principalmente para cercar o foco do mal em constante expansão, países deveriam dispor de todas as formas de ajuda e auxílio nos exaustivos trabalhos que estão sendo executados por voluntariosos médicos e assessores nesses países com o ebola. Há necessidade de uma cruzada mundial contra esse mal que esta assolando esses pobres países e poderá muito facilmente transformar-se em flagelo mundial, veja que há registros de vários casos que escaparam dos controles antiepidêmicos. Estamos esperando o que para que o mundo ataque ferrenhamente o problema? Mais ou menos dez mil africanos contaminados não foram o suficiente?

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

Não deveríamos estar mais conectados ao problema que aí está?

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PATRÍCIA CAMPOS MELLO - DE SÃO PAULO - 03/10/2014

Enquanto boa parte dos países do mundo se mobilizou para ajudar no combate ao ebola na África, o Brasil doou só R$ 1 milhão (US$ 400 mil) para as nações afetadas – e o montante ainda não tinha sido desembolsado até esta quinta-feira (2). Como comparação, a Índia doou US$ 12 milhões; a África do Sul, US$ 3 milhões; a China, US$ 36 milhões; e os Estados Unidos, liderando os esforços, já desembolsaram US$ 175 milhões e prometeram mais US$ 750 milhões. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou em discurso na Assembleia Geral da ONU que o país vai doar US$ 5 milhões. "O Brasil é um dos países com mais embaixadas na África e grande política de aproximação com o continente, este é um momento importantíssimo para ajudar esses países", diz Susana de Deus, diretora geral da ONG Médicos sem Fronteiras no Brasil. "O Brasil poderia mostrar sua solidariedade de forma mais substancial, à altura do país." Além de doar R$ 1 milhão para a Organização Mundial de Saúde (OMS) direcionar aos países afetados, ainda não desembolsado, o governo brasileiro enviou 14 kits médicos para Libéria, Serra Leoa e Guiné. Cada kit, composto de medicamentos e insumos para primeiros socorros, é capaz de atender 500 pessoas por três meses.
A Folha apurou que o Grupo Especial Interministerial (GEI), que discute a doença no Brasil, constatou que a ajuda brasileira é inferior ao que seria razoável. O grupo pediu um "crédito extraordinário" para ajudar os países afetados e aguarda resposta. Parte do dinheiro pedido pelo GEI seria usado no transporte de alimentos para a África. A presidente Dilma Rousseff aprovou a doação de 32 mil toneladas de arroz (cerca de R$ 23 milhões) e 23 mil toneladas de feijão (R$ 34 milhões) para populações afetadas por cinco crises humanitárias: a do ebola e os conflitos na Síria, em Gaza, no Iraque e no Sudão do Sul. Mas não há dinheiro para transportar esses alimentos.

MORTES

Até 28 de setembro, segundo a OMS, a epidemia de ebola já tinha contaminado 7.157 pessoas e matado 3.330, principalmente na Libéria, Serra Leoa e Guiné, com alguns casos registrados no Senegal e Nigéria. De acordo com Susana, do Médicos sem Fronteiras, a situação continua fora de controle, porque não há pessoas nem recursos suficientes para interromper a cadeia de transmissão. Alguns países contribuíram com recursos humanos: Cuba mandou 165 médicos e enfermeiros; os EUA enviaram 100 especialistas e 3 mil soldados para ajudar na construção de hospitais. Segundo o Ministério da Saúde, o governo estuda aumentar as doações, mas não planeja enviar médicos ou militares, porque a OMS não os requisitou. A OMS estima que seja necessário US$ 1 bilhão para que a epidemia não se transforme em "catástrofe". Segundo especialistas, se os países tivessem colaborado antes, talvez a epidemia não tivesse saído do controle. 

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