Mundo
|
Funcionários carregam kits médicos do Brasil contra
o ebola para serem enviados à África
#COMENTÁRIO
Já vínhamos comentando anteriormente
que parecia que o Brasil não se interessava pelos acontecimentos na África. E
agora vem em cena a contribuição solidária brasileira assombrando a todos.
Conseguimos doar um ínfimo valor como se doado fosse uma moeda ao mendigo no
semáforo, como é normal por aqui. Enquanto dispensamos e perdoamos dívidas de
nossos “países parceiros”, enquanto patrocinamos construções faraônicas, nos
esquecemos do lado solidário do povo brasileiro. As reais necessidades desses
povos, face ao grande surto a que se submetem, justificam que países os ajudem.
Nesse caso em especial, por solidariedade aos necessitados e principalmente
para cercar o foco do mal em constante expansão, países deveriam dispor de
todas as formas de ajuda e auxílio nos exaustivos trabalhos que estão sendo
executados por voluntariosos médicos e assessores nesses países com o ebola. Há
necessidade de uma cruzada mundial contra esse mal que esta assolando esses
pobres países e poderá muito facilmente transformar-se em flagelo mundial, veja
que há registros de vários casos que escaparam dos controles antiepidêmicos. Estamos
esperando o que para que o mundo ataque ferrenhamente o problema? Mais ou menos
dez mil africanos contaminados não foram o suficiente?
#Disse
Carlos Leonardo
#CONVITE
Não deveríamos estar mais conectados ao
problema que aí está?
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
PATRÍCIA CAMPOS MELLO - DE SÃO
PAULO - 03/10/2014
Enquanto boa parte dos países do mundo se mobilizou
para ajudar no combate ao ebola na África, o Brasil doou só R$ 1 milhão (US$
400 mil) para as nações afetadas – e o montante ainda não tinha sido
desembolsado até esta quinta-feira (2). Como comparação, a Índia doou US$ 12
milhões; a África do Sul, US$ 3 milhões; a China, US$ 36 milhões; e os Estados
Unidos, liderando os esforços, já desembolsaram US$ 175 milhões e prometeram
mais US$ 750 milhões. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou em
discurso na Assembleia Geral da ONU que o país vai doar US$ 5 milhões. "O
Brasil é um dos países com mais embaixadas na África e grande política de aproximação
com o continente, este é um momento importantíssimo para ajudar esses
países", diz Susana de Deus, diretora geral da ONG Médicos sem Fronteiras
no Brasil. "O Brasil poderia mostrar sua solidariedade de forma mais
substancial, à altura do país." Além de doar R$ 1 milhão para a
Organização Mundial de Saúde (OMS) direcionar aos países afetados, ainda não
desembolsado, o governo brasileiro enviou 14 kits médicos para Libéria, Serra
Leoa e Guiné. Cada kit, composto de medicamentos e insumos para primeiros
socorros, é capaz de atender 500 pessoas por três meses.
A Folha apurou
que o Grupo Especial Interministerial (GEI), que discute a doença no Brasil,
constatou que a ajuda brasileira é inferior ao que seria razoável. O grupo
pediu um "crédito extraordinário" para ajudar os países afetados e
aguarda resposta. Parte do dinheiro pedido pelo GEI seria usado no transporte
de alimentos para a África. A presidente Dilma Rousseff aprovou a doação de 32
mil toneladas de arroz (cerca de R$ 23 milhões) e 23 mil toneladas de feijão
(R$ 34 milhões) para populações afetadas por cinco crises humanitárias: a do
ebola e os conflitos na Síria, em Gaza, no Iraque e no Sudão do Sul. Mas não há
dinheiro para transportar esses alimentos.
MORTES
Até 28 de setembro, segundo a OMS, a epidemia de
ebola já tinha contaminado 7.157 pessoas e matado 3.330, principalmente na
Libéria, Serra Leoa e Guiné, com alguns casos registrados no Senegal e Nigéria.
De acordo com Susana, do Médicos sem Fronteiras, a situação continua fora de
controle, porque não há pessoas nem recursos suficientes para interromper a
cadeia de transmissão. Alguns países contribuíram com recursos humanos: Cuba
mandou 165 médicos e enfermeiros; os EUA enviaram 100 especialistas e 3 mil
soldados para ajudar na construção de hospitais. Segundo o Ministério da Saúde,
o governo estuda aumentar as doações, mas não planeja enviar médicos ou
militares, porque a OMS não os requisitou. A OMS estima que seja necessário US$
1 bilhão para que a epidemia não se transforme em "catástrofe".
Segundo especialistas, se os países tivessem colaborado antes, talvez a
epidemia não tivesse saído do controle.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Qual a sua opinião sobre isso?