sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Hong Kong tem confrontos entre manifestantes e opositores


Mundo


Policiais formam barreira para ambulância passar por manifestantes em frente à sede do governo de Hong Kong nesta sexta-feira (3) 
(Foto: Anthony Wallace/AFP) 


#COMENTÁRIO

Como em toda manifestação de cunho político, começa-se tudo organizado, visto com bons olhos da sociedade e de repente tudo vira “um Deus nos acuda” e isto está começando a acontecer em Hong Kong. Como por aqui, o início marcado por um movimento meio romântico, onde estudantes pleiteavam pequenas coisas, de uma hora para outra as coisas se acirraram com ambos os lados tomando posições definidas e exigências explícitas. A partir desse ponto, todos os ingredientes estão colocados num caldeirão com água fervente e então temos um caldo em ebulição subindo às bordas desse caldeirão. As chances de muita gente se queimar, é enorme. Desaparece o movimento romântico e dá lugar a agressões mútuas, sangue e possivelmente, vidas.
As chances de cada lado são díspares e o apoio da população pode pender a qualquer lado. Estamos diante de uma nova contenda nesse mundão de intrigas e guerras pelos quatro cantos.

#Disse

Carlos Leonardo

Fonte: Globo.com


#CONVITE

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Manifestante pró-democracia é retirado pela polícia enquanto ambulância tenta sair do complexo do governo de Hong Kong nesta sexta-feira (3) 
(Foto: Vincent Yu/AP) 




Houve uma aparente reação aos protestos que paralisaram a cidade. Manifestantes também enfrentaram a polícia na sede do governo local.
France Press

Ativistas pró-democracia enfrentaram nesta sexta-feira (3) grupos opositores em duas áreas comerciais movimentadas de Hong Kong, o que provocou a intervenção da polícia.
Os confrontos aconteceram em Causeway Bay e Mong Kok, depois que vários grupos tentaram derrubar as barricadas em uma aparente reação contra as manifestações, que paralisaram diversos setores da cidade.
As principais avenidas da cidade permaneciam bloqueadas nesta sexta e vários bairros da ex-colônia britânica estavam paralisados após cinco dias de protestos.
Alguns manifestantes também enfrentaram a polícia diante da sede do governo local, onde se reuniram para exigir a renúncia do chefe do Executivo, Leung Chun-ying, que acusam de ser uma marionete de Pequim.
Pequim afirmou nesta sexta-feira que as autoridades não farão qualquer concessão aos militantes pró-democracia de Hong Kong, acrescentando que a causa dos manifestantes está "condenada ao fracasso".
As exigências de sufrágio universal "não são legais nem razoáveis", advertiu o Diário do Povo, órgão do Partido Comunista, em um editorial de tom alarmista.
O movimento foi deflagrado após a decisão de Pequim, anunciada em agosto, de aplicar o sufrágio universal na eleição do chefe do Executivo de Hong Kong em 2017, mas com um controle sobre as candidaturas.
Os manifestantes denunciam interferências de Pequim, exigem o sufrágio universal sem condições e não aceitam que nas eleições de 2017 as autoridades chinesas mantenham o controle sobre os candidatos ao cargo de chefe de Governo local.
"Fazer respeitar a decisão" do comitê permanente da Assembleia Nacional Popular (Parlamento) é "uma decisão necessária e a única possível", destaca o órgão oficial do PC. As manifestações "contrariam os princípios legais e estão condenadas ao fracasso". Os ativistas pró-democracia exigem a renúncia do chefe do Executivo, Leung Chun-ying.
Caso a exigência não seja atendida, eles ameaçam intensificar o movimento.
O governo de Hong Kong pediu, por sua vez, que os manifestantes se dispersem pacificamente o mais rápido possível, uma vez que os protestos "tiveram um impacto sério na cidade".
Este pedido, que tem o tom de uma advertência, e a movimentação policial, principalmente com a chegada de muitas caixas de balas de borracha, intensificaram a tensão.
O governo do Japão afirmou nesta sexta-feira que deseja a manutenção de um sistema 'livre e aberto' em Hong Kong, uma declaração que não deve ser bem recebida por Pequim.
"O Japão espera com força a manutenção do sistema livre e aberto de Hong Kong, pelo princípio 'um país, dois sistemas', que permitiria ao Japão preservar a estreita relação com Hong Kong", declarou o secretário-geral do governo, Yoshihide Suga.
Ele destacou sobretudo as importantes relações econômicas com Hong Kong, "cujo futuro tem grande interesse" para Tóquio.



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