Mundo
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Policiais formam barreira para ambulância passar por manifestantes em
frente à sede do governo de Hong Kong nesta sexta-feira (3)
(Foto: Anthony
Wallace/AFP)
#COMENTÁRIO
Como em toda manifestação de cunho
político, começa-se tudo organizado, visto com bons olhos da sociedade e de repente
tudo vira “um Deus nos acuda” e isto está começando a acontecer em Hong Kong. Como
por aqui, o início marcado por um movimento meio romântico, onde estudantes
pleiteavam pequenas coisas, de uma hora para outra as coisas se acirraram com
ambos os lados tomando posições definidas e exigências explícitas. A partir
desse ponto, todos os ingredientes estão colocados num caldeirão com água
fervente e então temos um caldo em ebulição subindo às bordas desse caldeirão.
As chances de muita gente se queimar, é enorme. Desaparece o movimento romântico
e dá lugar a agressões mútuas, sangue e possivelmente, vidas.
As chances de cada lado são díspares e
o apoio da população pode pender a qualquer lado. Estamos diante de uma nova
contenda nesse mundão de intrigas e guerras pelos quatro cantos.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Globo.com
#CONVITE
Você acha que as coisas vão se complicar
em Hong Kong?
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Houve uma aparente reação aos protestos que paralisaram a cidade. Manifestantes
também enfrentaram a polícia na sede do governo local.
France Press
Ativistas pró-democracia
enfrentaram nesta sexta-feira (3) grupos opositores em duas áreas comerciais
movimentadas de Hong Kong,
o que provocou a intervenção da polícia.
Os confrontos aconteceram em
Causeway Bay e Mong Kok, depois que vários grupos tentaram derrubar as
barricadas em uma aparente reação contra as manifestações, que paralisaram
diversos setores da cidade.
As principais avenidas da
cidade permaneciam bloqueadas nesta sexta e vários bairros da ex-colônia
britânica estavam paralisados após cinco dias de protestos.
Alguns manifestantes também
enfrentaram a polícia diante da sede do governo local, onde se reuniram para
exigir a renúncia do chefe do Executivo, Leung Chun-ying, que acusam de ser uma
marionete de Pequim.
Pequim afirmou nesta
sexta-feira que as autoridades não farão qualquer concessão aos militantes
pró-democracia de Hong Kong, acrescentando que a causa dos manifestantes está
"condenada ao fracasso".
As exigências de sufrágio
universal "não são legais nem razoáveis", advertiu o Diário do Povo,
órgão do Partido Comunista, em um editorial de tom alarmista.
O movimento foi deflagrado
após a decisão de Pequim, anunciada em agosto, de aplicar o sufrágio universal
na eleição do chefe do Executivo de Hong Kong em 2017, mas com um controle
sobre as candidaturas.
Os manifestantes denunciam
interferências de Pequim, exigem o sufrágio universal sem condições e não
aceitam que nas eleições de 2017 as autoridades chinesas mantenham o controle
sobre os candidatos ao cargo de chefe de Governo local.
"Fazer respeitar a
decisão" do comitê permanente da Assembleia Nacional Popular (Parlamento)
é "uma decisão necessária e a única possível", destaca o órgão
oficial do PC. As manifestações "contrariam os princípios legais e estão
condenadas ao fracasso". Os ativistas pró-democracia exigem a renúncia do
chefe do Executivo, Leung Chun-ying.
Caso a exigência não seja
atendida, eles ameaçam intensificar o movimento.
O governo de Hong Kong pediu,
por sua vez, que os manifestantes se dispersem pacificamente o mais rápido
possível, uma vez que os protestos "tiveram um impacto sério na
cidade".
Este pedido, que tem o tom de
uma advertência, e a movimentação policial, principalmente com a chegada de
muitas caixas de balas de borracha, intensificaram a tensão.
O governo do Japão afirmou nesta sexta-feira que
deseja a manutenção de um sistema 'livre e aberto' em Hong Kong, uma declaração
que não deve ser bem recebida por Pequim.
"O Japão espera com
força a manutenção do sistema livre e aberto de Hong Kong, pelo princípio 'um
país, dois sistemas', que permitiria ao Japão preservar a estreita relação com
Hong Kong", declarou o secretário-geral do governo, Yoshihide Suga.
Ele destacou sobretudo as
importantes relações econômicas com Hong Kong, "cujo futuro tem grande
interesse" para Tóquio.
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