#COMENTÁRIO
Por mais que a mídia tente criar vantagens e mais vantagens no uso desse
cartão pré-pago, não consigo enxergar qualquer utilidade nele. Ele não traz
benefício algum ao detentor. Imagine, a pessoa já está de posse de dinheiro em
espécie, irá fazer suas compras à vista e poderá ter descontos por isso. Poderá
controlar suas despesas muito mais fortemente, acabou o dinheiro, acabou o
crédito, Essas pessoas não movimentam grandes quantias que justifiquem a
presença de um cartão.
Por cima de tudo ainda, pagará taxa de porte do cartão (ele não será de
graça) e em alguns casos de não utilizá-lo de imediato poderá ter de pagar
multa por haver limite não utilizado.
O que representará o porte de um cartão sem benefício algum, com custo
administrativo e sem vantagens alguma em compras? Só a satisfação do ego de sacar
um cartão da carteira? Vale a pena?
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha de São Paulo
#CONVITE
Você usaria um cartão
desses? Se sim, conte-nos o porquê.
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
DANIELLE BRANT - ANDERSON
FIGO - DE SÃO
PAULO - 18/08/2014
O cartão pré-pago em real é vantajoso para as
pessoas que não têm acesso a uma conta corrente - e, por conseqüência, a
cartões de débito e crédito - e também para aquelas que têm dificuldades em
controlar suas finanças, afirmam consultores. O produto é semelhante ao cartão
usado em viagens ao exterior. Não há análise de crédito. Mediante depósito e
cobrança de taxas, que variam de acordo com cada empresa, é possível
transformar dinheiro em um cartão. Na hora de pagar uma conta ou compra, ele
funciona como um cartão de débito, aceito na maioria dos estabelecimentos do
país. Empregados domésticos e trabalhadores autônomos com dificuldade para
comprovar renda estão entre o público-alvo do produto, afirma Bernardo Faria,
diretor-executivo da Acesso, emissora de cartões pré-pagos. "Uma parte do
público não consegue abrir conta no banco por restrições cadastrais. O cartão
vira uma solução para o dia a dia para guardar e transferir dinheiro",
diz. Pesquisa de 2013 do Instituto Data Popular aponta que o universo de não
bancarizados pode alcançar 55 milhões de pessoas no Brasil.
Para a E-commerceCard, outra emissora de cartões
pré-pagos, esses dados mostram a oportunidade que o nicho tem no Brasil. Além
de contribuir para a bancarização, o cartão pode ser um aliado para quem tem
dificuldades para controlar suas finanças. "Há pessoas que não podem ter
um cartão de crédito, pois são consumidores impulsivos. Com o pré-pago, mesmo
que a pessoa se empolgue, o risco de fazer uma bobagem financeira é menor,
pois, se não houver saldo, o cartão é recusado", diz José Eduardo Balian,
professor da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado).
Em alguns casos, o cartão pré-pago funciona como um
primeiro contato com instrumentos financeiros. O filho que recebe a mesada em
um pré-pago, por exemplo, começa a entender como funciona o produto e, quando
for mais velho e tiver renda própria, terá mais facilidade para lidar com conta
e cartões. Ter o produto em casa ajuda a resolver pequenos contratempos do dia
a dia, como compras de última hora. "Se for necessário, é possível fazer
uma recarga à distância", diz Luiz Almeida, vice-presidente da Super,
empresa de meios de pagamentos eletrônicos. Para atrair clientes, as emissoras
de pré-pago também apostam em nichos, lançando cartões com função específica,
como pagar por combustível ou por corridas de táxi.
TARIFAS
Antes de adquirir um pré-pago é preciso atentar
para as tarifas, como a cobrada pela emissão. Algumas empresas cobram
mensalidade e saque, pois são usadas redes de outros bancos. Além disso, há
empresas que taxam a recarga, enquanto outras têm um encargo de inatividade,
cobrado se o cliente tiver saldo e não utilizar o cartão por determinado
período de tempo. Estudo da Mastercard diz que o Brasil deverá ser um dos nove
países com papel mais importante no crescimento dos pré-pagos até 2017.
SEGURANÇA
A segurança nas transações é mais um elemento que
torna o cartão pré-pago uma opção atraente para pessoas sem acesso à
bancarização. Especialmente para quem recebe o salário em dinheiro. "Se
essas pessoas forem assaltadas, podem perder tudo", diz José Eduardo
Balian, professor da Faap. "Esses cartões geralmente permitem pagar
contas, o que ajuda a criar um novo hábito. Pesquisas mostram que mais de dois
terços da população prefere pagar tudo em dinheiro. Isso é pouco seguro." Alguns
consumidores também têm recorrido a esse tipo de cartão para fazer compras pela
internet. "Serve para quem não tem cartão internacional e quer comprar no
exterior. Há aqueles que temem inserir os dados em um site desconhecido",
diz Roger Ades, da Agillitas, emissora de cartões pré-pago.
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