terça-feira, 19 de agosto de 2014

Cartão pré-pago mira baixa renda para crescer



#COMENTÁRIO

Por mais que a mídia tente criar vantagens e mais vantagens no uso desse cartão pré-pago, não consigo enxergar qualquer utilidade nele. Ele não traz benefício algum ao detentor. Imagine, a pessoa já está de posse de dinheiro em espécie, irá fazer suas compras à vista e poderá ter descontos por isso. Poderá controlar suas despesas muito mais fortemente, acabou o dinheiro, acabou o crédito, Essas pessoas não movimentam grandes quantias que justifiquem a presença de um cartão.

Por cima de tudo ainda, pagará taxa de porte do cartão (ele não será de graça) e em alguns casos de não utilizá-lo de imediato poderá ter de pagar multa por haver limite não utilizado.
O que representará o porte de um cartão sem benefício algum, com custo administrativo e sem vantagens alguma em compras? Só a satisfação do ego de sacar um cartão da carteira? Vale a pena?

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

Você usaria um cartão desses? Se sim, conte-nos o porquê.

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DANIELLE BRANT - ANDERSON FIGO - DE SÃO PAULO - 18/08/2014  

O cartão pré-pago em real é vantajoso para as pessoas que não têm acesso a uma conta corrente - e, por conseqüência, a cartões de débito e crédito - e também para aquelas que têm dificuldades em controlar suas finanças, afirmam consultores. O produto é semelhante ao cartão usado em viagens ao exterior. Não há análise de crédito. Mediante depósito e cobrança de taxas, que variam de acordo com cada empresa, é possível transformar dinheiro em um cartão. Na hora de pagar uma conta ou compra, ele funciona como um cartão de débito, aceito na maioria dos estabelecimentos do país. Empregados domésticos e trabalhadores autônomos com dificuldade para comprovar renda estão entre o público-alvo do produto, afirma Bernardo Faria, diretor-executivo da Acesso, emissora de cartões pré-pagos. "Uma parte do público não consegue abrir conta no banco por restrições cadastrais. O cartão vira uma solução para o dia a dia para guardar e transferir dinheiro", diz. Pesquisa de 2013 do Instituto Data Popular aponta que o universo de não bancarizados pode alcançar 55 milhões de pessoas no Brasil.
Para a E-commerceCard, outra emissora de cartões pré-pagos, esses dados mostram a oportunidade que o nicho tem no Brasil. Além de contribuir para a bancarização, o cartão pode ser um aliado para quem tem dificuldades para controlar suas finanças. "Há pessoas que não podem ter um cartão de crédito, pois são consumidores impulsivos. Com o pré-pago, mesmo que a pessoa se empolgue, o risco de fazer uma bobagem financeira é menor, pois, se não houver saldo, o cartão é recusado", diz José Eduardo Balian, professor da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado).
Em alguns casos, o cartão pré-pago funciona como um primeiro contato com instrumentos financeiros. O filho que recebe a mesada em um pré-pago, por exemplo, começa a entender como funciona o produto e, quando for mais velho e tiver renda própria, terá mais facilidade para lidar com conta e cartões. Ter o produto em casa ajuda a resolver pequenos contratempos do dia a dia, como compras de última hora. "Se for necessário, é possível fazer uma recarga à distância", diz Luiz Almeida, vice-presidente da Super, empresa de meios de pagamentos eletrônicos. Para atrair clientes, as emissoras de pré-pago também apostam em nichos, lançando cartões com função específica, como pagar por combustível ou por corridas de táxi.

TARIFAS
Antes de adquirir um pré-pago é preciso atentar para as tarifas, como a cobrada pela emissão. Algumas empresas cobram mensalidade e saque, pois são usadas redes de outros bancos. Além disso, há empresas que taxam a recarga, enquanto outras têm um encargo de inatividade, cobrado se o cliente tiver saldo e não utilizar o cartão por determinado período de tempo. Estudo da Mastercard diz que o Brasil deverá ser um dos nove países com papel mais importante no crescimento dos pré-pagos até 2017.

SEGURANÇA
A segurança nas transações é mais um elemento que torna o cartão pré-pago uma opção atraente para pessoas sem acesso à bancarização. Especialmente para quem recebe o salário em dinheiro. "Se essas pessoas forem assaltadas, podem perder tudo", diz José Eduardo Balian, professor da Faap. "Esses cartões geralmente permitem pagar contas, o que ajuda a criar um novo hábito. Pesquisas mostram que mais de dois terços da população prefere pagar tudo em dinheiro. Isso é pouco seguro." Alguns consumidores também têm recorrido a esse tipo de cartão para fazer compras pela internet. "Serve para quem não tem cartão internacional e quer comprar no exterior. Há aqueles que temem inserir os dados em um site desconhecido", diz Roger Ades, da Agillitas, emissora de cartões pré-pago. 

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