terça-feira, 2 de setembro de 2014

Fotos de famosas podem ter sido hackeadas do iCloud; veja como se prevenir




#COMENTÁRIO

Alguns modismos criados no mundo virtual caem no gosto de usuários que os usam indiscriminadamente sem analisar aos riscos a que se expõem. Essa moda de Cloud Computing apesar de ser um bom negócio principalmente para empresas que com ela podem baixar seus custos, o risco de armazenar todas as suas informações em uma única fonte é muito grande. Certamente esses hosts são revestidos de grandes sistemas de segurança e proteção criptografada, porém a profusão de hackers existentes é uma constante ameaça à garantia vendida ao usuário.
Por se tratar de uma moda e a mídia vender somente o lado vantajoso da ideia do Cloud Computing os usuários não empresariais começam a guardar seus informes e imagens pessoais nesses hosts. O problema se torna enorme, quase incontrolável, quando acontece uma invasão no provedor de espaço, seus dados espalham-se na rede a uma velocidade incomensurável e ele não tem o suporte técnico e jurídico de uma empresa para ampará-lo. Imagine o que vem depois...

#Disse

Carlos Leonardo




#CONVITE

Você usa ou usaria essa nova tecnologia? Ela vale o risco?

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ALEXANDRE ORRICO - EDITOR-ASSISTENTE DE MERCADO/TEC
ANDERSON LEONARDO - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
02/09/2014  

Uma falha no serviço de armazenamento na nuvem da Apple, o iCloud, pode ter facilitado o vazamento de fotos íntimas de mais de cem celebridades no último domingo – quase todas as vítimas são atrizes de Hollywood.
Dentre as famosas que tiveram sua privacidade violada estão a atriz Kirsten Dunst (a Mary Jane na trilogia de 2002 a 2007 do "Homem-Aranha"), a modelo Kate Upton e a atriz Jennifer Lawrence, protagonista de "Jogos Vorazes", que confirmou a autenticidade das imagens. Segundo a pessoa que divulgou as fotos no fórum 4chan, o conteúdo havia sido coletado do iCloud. Para reforçar a teoria de uma falha de segurança no serviço da Apple, o site"The Next Web"reportou a existência de um script (código) que se aproveitava de uma brecha do Buscar iPhone, app para encontrar dispositivos perdidos. Há outras hipóteses: quem vazou as imagens pode ter conseguido controle sobre os celulares das vítimas ou invadido contas de e-mails. "Mas o mais provável é que o criminoso tenha acessado algum serviço de armazenamento", diz Fábio Assolini, analista de vírus da empresa de cibersegurança Karspersky. "Muita gente não se dá conta de que, quando você usa esses serviços, suas informações são armazenadas em outros lugares, sob o controle de terceiros." O código divulgado pelo "The Next Web" usa um método conhecido como "força bruta", que testa repetidamente palavras e frases comuns para adivinhar a senha de uma conta cujo endereço de e-mail é sabido. Normalmente, algumas tentativas incorretas levam um serviço de internet a bloquear o acesso do invasor e alertar o dono da conta. Mas a falha no Buscar iPhone permitia quantas combinações fossem necessárias.
Procurada pela Folha, a Apple se recusou a comentar. Ao site "Re/code", um porta-voz da empresa disse que a suposta vulnerabilidade está sendo investigada.

NO BRASIL
Em maio de 2012, Carolina Dieckmann foi chantageada por hackers que roubaram dezenas de fotos pessoais – algumas delas íntimas. Uma lei entrou em vigor quase um ano depois, criminalizando a invasão de dispositivos como celulares, tablets e smartphones. Mas foi com o Marco Civil da Internet, sancionado em 2014, que a remoção imediata de imagens com nudez divulgadas na web se tornou obrigatória, independente de uma ordem judicial. "Mas dados do cadastro de um internauta só podem ser fornecidos mediante determinação de um juiz", diz a advogada especializada em direito digital Patricia Peck. 

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