#COMENTÁRIO
Estes tempos conturbados de pós-copa, de eleições e essa inflação que
se apresenta pontualmente novamente em nossos dias, era de se esperar que o
mercado começasse a desacelerar, e no
mercado de veículos teoricamente deveria ser ainda maior essa desaceleração.
Por se tratar daqueles tipos de bem que podem ser deixado para depois sua compra, qualquer coisa que possa chamar
a atenção na hora, qualquer movimento econômico indeciso, qualquer ameaça de elevação de preço de manutenção do bem,
certamente fará com que se deixe para depois a efetivação da compra. Outro fator que mexe muito com a decisão na hora da compra é a tendência de opção por modelos importados, mais atraentes e às vezes, com melhores condições de compra. Isso altera e muito o mercado nacional de veículos.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
Você já não ficou em dúvida na hora de
comprar se optava por nacional ou importado?
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EDUARDO SODRÉ - DE
EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS" - 02/09/2014
A expectativa de que o mês de agosto desse um novo
fôlego à indústria automotiva foi frustrada: os emplacamentos de carros de
passeio e comerciais leves registraram queda de 7,4% na comparação com julho.
Os dados serão divulgados nesta terça-feira (2)
pela Fenabrave (federação das distribuidoras de veículos).
No acumulado do ano, a redução do número de
licenciamentos chega a 9,4% em relação a 2013.
O setor esperava uma leve alta no primeiro mês
"cheio" após o término Copa do Mundo, mas as vendas diárias mantiveram-se
no mesmo patamar registrado durante o período de jogos.
Isso contraria as previsões da Anfavea (associação
das fabricantes) que havia estimado um crescimento de 14% nos licenciamentos no
segundo semestre em relação aos seis primeiros meses do ano.
"Temos presenciado o desaquecimento do
mercado, que era esperado desde o ano passado. Alguns lançamentos impactarão
nas vendas, mas não deverão ter força suficiente para reverter esse quadro até
o fim de 2014", afirma Milad Kalume Neto, gerente de negócios da Jato
Dynamics, consultoria especializada no setor.
ALERTA NA INDÚSTRIA
A nova queda indica que os novos dados da atividade
industrial do setor (inclui ônibus e caminhões), que serão divulgados nesta
semana pela Anfavea (associação nacional dos fabricantes) poderão mostrar novo
recuo.
Até julho, as fábricas tinham produzido 17,4% menos
na comparação com igual período em 2013.
Na comparação entre agosto de 2014 e o mesmo mês em
2013, a queda nos licenciamentos de automóveis de passeio e comerciais leves
chegou a 17,1%.
Especialistas consultados pela Folha preveem que os
emplacamentos em 2014 deverão ficar entre 10% e 12% abaixo do registrado no ano
passado. O quadro não deverá se reverter em curto prazo, pois não há previsão
de que medidas de estímulo às vendas diferentes das atuais (redução do IPI e
tentativas de facilitação do crédito) sejam implementadas. "A estagnação
atual deverá perdurar por 2015 e afetar ainda mais a indústria, pois ainda não
há medidas que estimulem, por exemplo, as exportações. Se fatores como esse não
melhorarem, será necessário um ano com 13 meses para repetir resultados
anteriores", afirma Milad. A queda em agosto foi ainda mais sentida devido
à alta de 11,6% nos emplacamentos de autos e comerciais leves registrada em
julho na comparação com junho.
Dessa forma, o último quadrimestre teria de
apresentar uma alta muito expressiva –e pouco provável– para que o resultado ao
menos se aproximasse das vendas em 2013. A retração atingiu as quatro maiores
montadoras do país (Fiat, GM, VW e Ford), que viram seus principais produtos
venderem menos de um mês para o outro. O fato tem gerado grandes campanhas de
varejo, com maior carência para pagamento de prestações e redução de juros nos
financiamentos.
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