#COMENTÁRIO
O mundo está se especializando em “procurar
pelo em ovo”. Quando a mente não está ocupada com solução de problemas reais
existentes, abre espaço para ficar imaginando coisas que eventualmente possam acontecer
num futuro sem tempo definido.
Vejamos essa polemica criada pelas cores azuis e
rosas usadas como separação de masculino e feminino. Ora a vida inteira isso
foi feito e nem por isso gerou grandes traumas na vida das pessoas, ao menos na
grande maioria. E depois, existe a possibilidade de que, quando adulto, essa
criança pode optar pela cor que quiser usar pelo resto de sua vida, sem
qualquer restrição da sociedade.
Esse modismo que assola o mundo de
liberdade total ela é muito válida, todos temos o direito de fazer acontecer coisas
à nossa vontade, porém a exigência de que as coisas sejam livres já é uma visão
antagonista da liberdade em si.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Revista
Exame
#CONVITE
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Mochilas escolares
azuis e rosas: prefeita da cidade não quis se pronunciar
A
iniciativa da prefeitura de Puteaux ocorreu na última terça-feira, primeiro dia
da volta às aulas do país
A distribuição de mochilas cor-de-rosa para meninas
e azuis para meninos numa cidade dos arredores de Paris gerou grande polêmica
nesta semana na França.
A iniciativa da prefeitura de Puteaux ocorreu na última terça-feira, primeiro
dia da volta às aulas do país.
Todos os anos, a cidade distribui milhares de
mochilas escolares aos alunos de maternal e educação infantil.
Em 2014, as mochilas cor-de-rosa traziam um kit
para fabricação de bijuterias para as meninas. Já as azuis, entregues aos
meninos, continham um kit para fabricação de robôs.
A ministra da Educação francesa, Najat
Vallaud-Belkacem, disse que "o papel de um governo local" é
"promover a igualdade entre mulheres e homens".
Mesmo assim, a primeira mulher a chefiar a educação
na França concordou com a iniciativa de distribuir as mochilas.
"Neste momento de dificuldades financeiras,
acredito que as famílias estejam felizes que a prefeitura ofereça material
escolar", ponderou. Vallaud-Belkacem também minimizou o caso, chamando a
polêmica de "vazia" e "insignificante".
A secretária de Estado encarregada da Família
francesa, Laurence Rossignol, ironizou a iniciativa pelo Twitter. Segundo ela,
em Puteaux "não se brinca com a diferença entre os sexos".
"É um pouco ultrapassado. Teria sido muito
melhor propor cores variadas às crianças", avaliou Christophe Grébert,
vereador opositor à atual prefeitura de Puteaux.
Segundo Grébert, o evento onde as mochilas foram
distribuídas teria custado 300.000 euros (cerca de R$ 900.000) aos cofres das
escolas públicas da localidade.
Procurada pela AFP, a prefeita da cidade, Joëlle
Ceccaldi-Raynaud, não quis se pronunciar.
"Muitas pessoas defendem a igualdade",
mas não se dão conta que "diferenciar os sexos é a mesma coisa que
hierarquizá-los", afirma Isabelle Clair, socióloga do CNRS.
Autora do livro "Sociologia do Gênero",
ela diz que existe uma encenação excessiva desde as primeiras horas de vida da
criança.
"São cores de roupas diferentes, banheiros
separados para as crianças, o unissex quase não existe", afirma.
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