#COMENTÁRIO
Uma das grandes preocupações dos bancos
é a sua segurança e também de seus usuários dos obrigatórios cash-dispensers colocados
do lado de fora de suas agências e postos avançados.
O crescente aumento no uso
de cartões magnéticos opcionais ou por imposição de algumas empresas faz com
que o usuário menos esclarecido quanto ao uso dos mesmos, sejam vítimas em
potencial para a bandidagem de plantão em agências. Existe um consenso geral de
os idosos são as maiores vítimas da ação dos bandidos, mas há uma grande
parcela do universo dos usuários que entregam seus cartões nas mãos de desconhecidos
para ajuda. É muito comum se ver isso acontecer dentro e fora das agências.
Parece
que uma fatia desse universo não idoso tem um terrível medo de aprender a usar
os terminais eletrônicos de saques e pagamentos.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
Conhece alguém nessas
condições?
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ANDERSON FIGO - DANIELLE
BRANT - DE SÃO
PAULO - 01/09/2014
O alto grau de sofisticação das fraudes bancárias
em caixas eletrônicos, que tem forçado as instituições a investir cada vez mais
em segurança, também faz com que consumidores redobrem a atenção para não cair
em golpes.
De 2003 a 2013, houve alta de 200% nos recursos
destinados a ampliar a segurança de caixas eletrônicos e do internet banking.
No ano passado, a cifra foi de R$ 9 bilhões, segundo a Febraban. Os golpes a
caixas eletrônicos levaram duas das maiores fabricantes de equipamentos, a
Diebold e a Wincor Nixdorf, a criar uma associação no mês passado para combater
fraudes, trocando informações para melhorar a segurança dos caixas. "A
evolução desse crime é mais rápida do que a criação de meios para detê-lo. Os
criminosos estão muito bem preparados", diz Luiz Carlos Roque da Silva,
diretor da Wincor Nixdorf. As fraudes
mais comuns são roubos de senhas e clonagens de cartões, afirma Marcelo Neves,
diretor de segurança da Unisys Brasil. Uma das táticas é instalar painéis
falsos nos equipamentos, que imitam um monitor – com teclado, leitor de cartão
e código de barras etc.–, mas roubam os dados.
Em alguns casos, os criminosos chegam a instalar
telefones ao lado dos caixas para que o cliente pense que está falando com a
central de atendimento, enquanto o aparelho faz conexão com a organização
criminosa.
Por isso, é importante observar as condições do
equipamento antes de usá-lo. "O cliente deve desconfiar de caixas com
avarias e evitar usá-los", diz Silva. Os golpistas também usam um
dispositivo instalado no caixa eletrônico que funciona como uma tampa da gaveta
que libera as notas, impedindo a saída do dinheiro.
O usuário pensa que as cédulas não saíram, mas
apenas ficaram presas. Posteriormente, os criminosos retiram a quantia do
terminal. Para minimizar o risco, os bancos desenvolveram sensores que
identificam materiais estranhos aos terminais. Os chamados chupa-cabras coletam
as informações magnéticas do cartão. Acima do teclado é instalada uma
microcâmera que captura a senha. A orientação é consultar com frequência o
extrato da conta e avisar a instituição em caso de movimentações atípicas – nem
sempre é possível identificar que o equipamento está fraudado.
Há também a "pescaria": os golpistas usam
fio e fita adesiva, encaixados na caixa que recebe os envelopes de depósito. Quando
o cliente deposita, o papel fica retido e, mais tarde, o criminoso consegue
retirar o conteúdo.
Nesse caso, geralmente o comprovante do depósito
não é liberado. Se isso ocorrer, pode ser sinal de fraude. A recomendação é que
o cliente entre em contato com o banco.
Há pessoas infiltradas nas agências para observar
os clientes efetuando operações. "Idosos são os principais alvos",
afirma Wilson Justo, diretor da Sorocred. Uma das formas desse ataque é o
criminoso se aproximar de um cliente com dificuldades no uso da máquina. Ele
oferece ajuda, enquanto observa a senha e outros dados sendo digitados. De
maneira rápida, troca o cartão que tem nas mãos pelo do cliente. Aqui, a
recomendação é sempre conferir se o cartão que leva é o seu. O ambiente da agência
pode dar pistas de fraudes. Se no local há três caixas, por exemplo, e dois
estão danificados, isso pode sinalizar que o equipamento que funciona está
modificado para um golpe. Em muitos casos as avarias nas demais máquinas são
feitas pelos próprios criminosos para forçar o cliente a usar o terminal
fraudado. Muitas vezes são atos grosseiros, como inserir chiclete no
dispositivo para colocar o cartão, o que impede a leitura do produto e pode
deixar o caixa fora de operação.
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