sábado, 6 de setembro de 2014

População da Serra Leoa forçada a ficar em casa para conter o ébola




#COMENTÁRIO

A se lamentar pelos seres humanos envolvidos, pelos seus direitos suprimidos, pelas imposições superiores que deverão se sujeitar, mas medidas de extremo impacto são os que devem ser tomados nessas condições.
Há que se abortar a seqüência lógica de contaminação do vírus, essa ação normalmente não vem sem suprimir direitos das pessoas, sem sequelas sociais, mas é o necessário.
Independente do medo oculto mundial, tem que se levar em consideração as vidas que podem ser perdidas por não atacar o problema de frente, custe o que custar.

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

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Autoridades anunciaram que durante quatro dias ninguém será autorizado a sair de casa, numa tentativa de travar a propagação do ébola, que já matou 491 pessoas no país.

Na Serra Leoa, ninguém vai poder sair de casa de 18 a 21 de Setembro. O assessor presidencial Ibrahim Ben Kargbo afirmou que a medida se destina a impedir que o vírus se espalhe, e também a permitir que os profissionais de saúde identifiquem mais facilmente novos casos da doença numa fase inicial.
Na prática, a medida corresponderá a fechar o país durante quatro dias. Uma "abordagem agressiva, mas necessária para lidar com a propagação do Ebola", disse Ibrahim Ben Kargbo à Reuters.
Com 491 mortes atribuídas ao Ébola, a Serra Leoa é neste momento o terceiro país mais afectado pela epidemia, a seguir à Libéria e à Guiné-Conacri.
Um cenário que não impediu o futebolista Kei Kamara, ex-jogador do clube inglês Middlesbrough e capitão da selecção da Serra Leoa, de aceitar a convocação para o jogo deste sábado contra a Costa do Marfim, que após semanas de negociações acabou por permitir que a partida se disputasse em Abidjan, impondo como condição que nenhum dos jogadores visitantes tenha estado na Serra Leoa durante os últimos 21 dias.
“Vou enfrentar o ébola e sacrificar-me pelo país”, disse ao jornal brasileiro Folha de S. Paulo o avançado da Serra Leoa, um dos 19 jogadores do seu país – todos eles radicados na Europa ou nos Estados Unidos – chamados para o jogo contra a Costa do Marfim. “Vou- me encontrar com dirigentes federativos e com as suas famílias, e vou cumprimentá-los e tocar-lhes”, garantiu Kei Kamara.
“Quando entramos em campo, unimos as pessoas: não há mais conflitos nem medo”, disse ainda o capitão da selecção da Serra Leoa. “Somos de um país muito pobre, e se estamos hoje numa situação melhor, devemos doar dinheiro para ajudar no combate ao ébola”, defendeu, garantindo que vai aproveitar a viagem para conversar com responsáveis e ver no que pode ajudar.

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