Saúde
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#COMENTÁRIO
Lendo
esta reportagem que achei interessante resolvi compartilhar com todos a minha
dúvida gerada. Ela, a reportagem em si, trata de uma teoria que contradiz tudo
o que se disse até hoje a respeito ao uso de adoçantes. Não é a primeira vez
que depois de muitos anos aprovados de uso, pelas entidades médicas, uma
medicação ou um auxiliar alimentício é declarado inapto à sua ingestão ou
aplicação. Vide o açúcar de cana, vide o sal, vide os antibióticos...
Logicamente,
este material divulgado trata-se de uma suspeita ainda não confirmada, carente
de mais e melhores testes.
Mas com certeza é uma matéria que deve ser
amplamente discutida com seu médico se você é diabético ou faz dieta de
contenção de açúcar. À primeira vista, dá-se a impressão de que as pequenas reações
citadas na reportagem do site português, não são desconhecidas, parece-nos já
termos tido contato com elas. Vale a pena atentarmos a isso, apesar de ser
somente uma hipótese.
#Disse
Carlos Leonardo
#CONVITE
É possível
que os adoçantes sejam apenas um apelo comercial?
Dê sua
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Os adoçantes não calóricos, utilizados para limitar
o consumo de açúcar e assim prevenir a diabetes do adulto e a obesidade,
provocam alterações na flora intestinal que fazem, pelo contrário, aumentar os
níveis de açúcar no sangue.
Milhões de pessoas no mundo deixaram de pôr açúcar
no café e passaram a consumir, por razões de saúde, aspartame, sacarina ou
outros adoçantes artificiais. A indústria alimentar utiliza-os para reduzir as
calorias dos seus produtos. Porém, eles nem sempre são eficazes para perder peso
– um enigma ainda por resolver. E apesar de um sem fim de estudos terem sido
realizados desde a sua introdução na nossa dieta há mais de um século, os seus
eventuais benefícios ou perigos continuam por avaliar.
Agora, uma equipa de investigadores em Israel
descobriu um efeito tangível dos adoçantes sobre a nossa fisiologia. Mais
precisamente, que o consumo de adoçantes é capaz, tanto no ratinho como no ser
humano, de provocar desequilíbrios da flora intestinal – os milhões de milhões
de bactérias que vivem no nosso intestino e nos ajudam a digerir os alimentos.
E que, por sua vez, esses desequilíbrios podem fazer aumentar perigosamente os
níveis de açúcar no sangue – ou seja, precisamente o que se pretendia evitar ao
substituir o açúcar natural por adoçantes. Apesar de serem muito preliminares,
os seus resultados, que foram publicados esta quarta-feira na revista Nature,
levam estes autores a concluir que “a utilização em massa destes aditivos
alimentares deve ser reavaliada” e que "os adoçantes poderão ter
contribuído directamente para exacerbar precisamente a epidemia [de obesidade]
que se destinavam a combater".
O corpo humano é feito de milhões de milhões de
células, mas o número de microrganismos a viver nele, principalmente bactérias
– a "flora", por oposição à "fauna" das nossas próprias
células – é dez vezes maior e estima-se que contenha milhares de espécies
diferentes. A importância para a nossa saúde deste "jardim botânico"
interno, deste "órgão" invisível que pesa cerca de dois quilos (mais
do que o nosso cérebro!) e que vive sobretudo nos intestinos, começa apenas a
emergir.
Eran Elinav, do Instituto Weizmann de Ciência
(Israel) e colegas começaram por descobrir que, embora os adoçantes artificiais
não contivessem açúcar, eles tinham, mesmo assim, um efeito directo sobre
a capacidade de o organismo utilizar a glucose, explica aquela instituição em
comunicado. Ora, a incapacidade de lidar com a glucose é o primeiro passo a
caminho de doenças metabólicas como a diabetes.
Mais precisamente, administraram a diversos grupos
de ratinhos água com diversas doses não tóxicas de três dos adoçantes mais
comuns: aspartame, sacarina e sucralose; e por outro lado, a outros ratinhos,
água pura e água com açúcar. E constataram que os ratinhos que consumiam adoçantes
desenvolviam uma “intolerância à glucose” (níveis elevados de glucose no
sangue), mas não os outros.
A seguir, quiseram saber se a flora intestinal dos
animais estaria envolvida neste fenómeno, especulando que aquelas bactérias
poderiam estar a reagir de maneira imprevista a essas substâncias artificiais
que são os adoçantes. E de facto, quando submeteram ratinhos a um tratamento
com antibióticos destinado a erradicar a sua flora, cancelaram o efeito dos
adoçantes sobre o metabolismo da glucose. Mais: quando transplantaram flora
intestinal de ratinhos que consumiam sacarina para ratinhos desprovidos de
qualquer bactéria própria – e que nunca tinham consumido adoçantes – esses
ratinhos também desenvolveram uma intolerância à glucose. "Uma prova conclusiva
de que as alterações das bactérias intestinais são directamente responsáveis
pelos efeitos prejudiciais [dos adoçantes] sobre o metabolismo do
hospedeiro", lê-se no mesmo comunicado.
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