Saúde
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#COMENTÁRIO
Uma boa notícia para aqueles que fazem
exames sanguíneos frequentemente.
Apesar do desconforto da coleta do sangue, o
pior do exame são as doze horas de jejum necessários. Psicologicamente, dá-nos
fome, sede e um mal estar muito forte. Agora já está chegando a alguns
laboratórios de análises, medicamentos que podem fazer os mesmos exames, porém
sem a necessidade desse fatídico jejum. Porém, não está relacionado a todo tipo
de coleta para exame de sangue, mas parece-nos ser para a grande maioria deles.
Não deixa de ser uma boa notícia, afinal quanto menos sofrimento, melhor não é?
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte:
#CONVITE
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MARIANA VERSOLATO - EDITORA-ASSISTENTE
DE "CIÊNCIA+SAÚDE" - 20/09/2014
Laboratórios do país começam, aos poucos, a não
exigir mais jejum dos pacientes para a realização da maioria dos exames
laboratoriais.
O assunto foi tema de debate no Congresso
Brasileiro de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, na semana passada, no
Rio.
Em São Paulo, a rede Delboni Auriemo começou a
fazer uma campanha para informar funcionários, médicos e pacientes sobre a
coleta sem restringir a alimentação.
De acordo com o patologista clínico Luiz Gastão
Rosenfeld, diretor de relações institucionais do Delboni, o avanço dos
equipamentos, dos reagentes químicos e das análises afastou a interferência da
alimentação.
"Ficou, porém, uma cultura do jejum. Médicos e
pacientes já pensam em restringir a alimentação para fazer qualquer exame.
Estamos treinando funcionários para instituir essa mudança."
Ele afirma que 5% dos exames no Delboni ainda
requerem jejum, como os de glicose e triglicérides (tipo de gordura), cujos
valores mudam após a refeição.
Já os exames de colesterol total, HDL (colesterol
"bom"), de LDL (colesterol "ruim") dosado diretamente (e
não calculado através de uma fórmula que usa os triglicérides), o hemograma e
grande parte dos hormônios não exigem mais a restrição.
"A necessidade do jejum deve ser avaliada para
cada exame. O que não pode é deixar as pessoas de jejum por 12 horas para
coisas inúteis", diz. Segundo Rosenfeld, a ideia é expandir a mudança para
toda a rede Dasa, da qual o Delboni faz parte.
Em Brasília, o laboratório Exame segue esse mesmo
padrão desde 2009, quando a instituição começou a discutir a necessidade do
jejum com os médicos da cidade.
"O laboratório ficava sobrecarregado de manhã
e vazio depois. Exames de urgência são colhidos sem jejum e sem prejuízo",
diz Adilia Segura, diretora médica de análises clínicas. "Reunimos os
maiores laboratórios para padronizar o atendimento. Dá trabalho explicar a
mudança, mas é uma tendência."
Estudos têm questionado a necessidade do jejum para
medir o colesterol. Isso porque a maior parte dele é produzida pelo corpo e
pouco muda com a alimentação, com exceção dos triglicérides.
Gianfranco Zampieri, coordenador da patologia
clínica do Salomão Zoppi Diagnósticos, afirma que para a maioria dos exames,
incluindo o colesterol, o jejum é de fato desnecessário por causa das novas
metodologias.
"É uma tradição, e acabamos exigindo para
garantir que não haverá interferências." Segundo ele, seria preciso
estabelecer valores de normalidade para diferentes períodos após as refeições
para criar uma nova padronização e não errar o diagnóstico.
Ainda que nem todos os laboratórios tenham
eliminado o jejum, muitos estão diminuindo o período para 3h ou 4h dependendo
do exame. É o caso do CDB, do Fleury e do Laboratório Sabin.
Mas Rafael Munerato, diretor médico do Delboni,
lembra que, apesar das mudanças nos laboratórios, continua prevalecendo a
exigência do médico.
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