Saúde
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#COMENTÁRIO
Jogo de quebra de braço? Uma nova marca
de insulina no mercado, mais moderna coloca a sociedade de diabéticos e o
Ministério da Saúde em confronto direto, acirrando críticas e defesas por ambas
as partes.
Por ora, não é possível definir se o
problema é de interesse médico ou comercial. As alegações de ambas as partes
são válidas, mas o que chama a atenção é esse esforço fora de dimensões que a
associação está fazendo, leva-nos a crer que haja um interesse maior em colocar
o medicamento no mercado em detrimento de sua liberação nos testes
laboratoriais para o comércio.
Parece-nos que temporariamente os
usuários estão sendo atendidos em segurança com os antigos medicamentos. Esta é
uma visão leiga sobre o assunto e não cabe como opinião a influenciar quaisquer
decisões.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
Você tomaria um medicamento ainda não
liberado ao uso geral?
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
JOHANNA NUBLAT - DE
BRASÍLIA - 19/09/2014
A Sociedade Brasileira de Diabetes critica a
decisão do Ministério da Saúde, publicada neste mês, de não incorporar na rede
pública a oferta de uma categoria mais moderna de insulina usada no controle da
diabetes tipo 1.
Esse tipo de diabetes costuma ter diagnóstico na
fase da infância e adolescência.
O foco da queixa da entidade é a rejeição, pela
Conitec (comissão da Saúde que chancela novas tecnologias no SUS), da oferta da
insulina análoga rápida.
A entidade defende que esse tipo de insulina
melhora o controle do açúcar no sangue e é mais seguro porque reduz a chance de
episódios graves de hipoglicemia.
Segundo Walter Minicucci, presidente da sociedade,
a insulina análoga age de maneira mais rápida que a insulina regular ofertada
pelo SUS - começa a funcionar entre 10 e 15 minutos em vez de levar de 30
minutos a 1 hora.
O médico diz que a sociedade defendeu, junto ao
governo, a oferta da insulina mais moderna para pelo menos três grupos:
crianças de até 13 anos, grávidas que têm diabetes e pacientes com hipoglicemia
que não têm sintomas. "Pedimos o mínimo necessário, mas o governo
brasileiro optou por dar um tratamento de segunda linha para os
diabéticos."
Em seu parecer, a Conitec estima um custo de R$ 772
milhões para a oferta da insulina análoga rápida para 100% dos pacientes (cerca
de 600 mil pessoas) durante cinco anos. Isso representa, segundo o próprio
relatório, pouco mais que o dobro gasto com o medicamento hoje ofertado.
Procurado, o Ministério da Saúde afirmou que o
tratamento disponível "atende plenamente aos pacientes".
"Nenhum estudo aponta que as insulinas
análogas são superiores nem demonstra que elas melhoram a sobrevida dos
pacientes. Além disso, por ser um produto mais recente, encontra-se sob
vigilância de pós-comercialização, não tendo segurança de longo prazo
comprovada", disse a pasta via uma nota.
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