Entre as sugestões que Kerry e Phoebe dão, estão sobre como dormir
melhor ou usar escova de dentes
#COMENTÁRIO
A gente tem mania de ficar brincando
com pessoas inábeis e nem imagina que esse desastre todo é oriundo de uma
doença. Nós temos o costume de achar que todos são iguais a nós mesmos e até às
vezes, não admitimos que a pessoa ao nosso lado seja incapaz ou tenha grande
dificuldade para executar algo tão simples. Uma boa ajuda informativa que estas
duas, mãe e filha, estão trazendo a todas pessoas que sejam portadoras dessa
síndrome ou suspeitem de algo nesse sentido. Vale a pena ler a reportagem
abaixo e acessar os links para um melhor conhecimento de pequenas metodologias
para facilitar o dia a dia, assuntos estes, relatados de experiência própria e
estudos que estas duas mulheres fizeram.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: BBC
BRASIL
Links citados na reportagem (em inglês):
#CONVITE
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Segundo Kerry, um dos problemas secundários mais comuns da dispraxia é a
ansiedade
Kerry
Pace gosta de jardinagem e dança. Sua filha, Phoebe, de 17 anos, é fã de
cozinha, artesanato e do seu bull terrier Staffordshire. Mas ambas são
portadoras da "síndrome do desastrado", que torna tarefas simples
como escrever ou andar de bicicleta em verdadeiros desafios.
A síndrome, uma disfunção motora neurológica
chamada de dispraxia, também pode causar problemas com línguas, percepção e
pensamentos. Agora, Kerry e Phoebe, que vivem em East Yorkshire, na
Grã-Bretanha, lançaram Cliquevídeos nos
quais conversam sobre alternativas para lidar com a doença.
Entre as sugestões estão dicas sobre como dormir
melhor ou usar a escova de dentes, baseadas nas experiências delas mesmas. Phoebe
diz que entre suas maiores dificuldades está a de comer. "Eu costumava ter
dificuldade em colocar tudo no meu garfo de maneira a não cair no caminho à
minha boca", diz ela. "Mas, num dia, quando não havia talheres, eu
usei garfos infantis que estavam na gaveta. Eu achei eles muito mais fáceis de
serem usados porque eles são mais leves e têm alças maiores", disse. Phoebe
disse ser fã de "sporks" - nome que mistura as palavras em inglês
spoon (colher) com fork (garfo) -, colheres com pontas similares às de um
garfo, "uma mistura perfeita", segundo ela. "Um monte de gente
depois de ver o vídeo testou (os 'sporks') e disse: 'Uau, gostaria de ter
sabido antes'". Para sua mãe, Kerry, que comanda uma empresa que ajuda
estudantes com deficiência que têm dificuldades com métodos de ensino
tradicionais, "dormir pode ser um problema real". "Como muitos
com dispraxia, eu tenho um transtorno de processamento sensorial", diz
Kerry, Ela sugere, por exemplo, que a pessoa avalie quais sentidos estão
alimentando a dificuldade para dormir. "A temperatura está correta? Está
suficientemente escuro ou claro? Você quer a música ligada ou desligada? O que
você está vestindo - está apertando os pulsos? Será que há uma etiqueta
incomodando?", diz ela.
Phoebe também sofre com ansiedade. Ela recentemente
lançou um Cliqueblog
sobre como enfrentar o problema. Sua mãe conta que, em um dos textos, um
comentário do grupo Dyspraxia UK, que presta ajuda a portadores da síndrome,
apontou que de todas as dificuldades secundários associadas à doença, a
ansiedade é a mais comum.
"Usamos tanta energia só para fazer coisas do
dia a dia. A (falta de coordenação) é o principal sintoma de dispraxia, todo
mundo sabe disso, mas muitos começam a acreditar que têm algum problema mental
porque entram em pânico pois não conseguem usar uma escada rolante, por
exemplo", disse Kerry. "Escadas rolantes são conhecidas por serem
particularmente difíceis de usar com sucesso porquê você precisa processar
diversas coisas de uma vez só, como fato de você estar indo para baixo, em
ângulo ou velocidade. Leva mais tempo para planejar seus movimentos para sair
com segurança". "No vídeo, falamos muito sobre auto compaixão. Seja
fácil consigo mesmo e seja realista ao estabelecer seus objetivos. E faça
pausas, elas são vitais".
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