#COMENTÁRIO
“Calote de Companhero?” Como será que responderiam “As base”?
Pois é pessoal, Maduro faz um deus nos acuda na Venezuela, quebra quebras em
todas as ruas da capital, muita gente machucada e não publicamos nada disso
aqui no Brasil... E agora o país parceiro do governo brasileiro, passou por
cima de tudo e resolveu dar uma atrasadinha nos pagamentos para recompor seu
caixa, não que isso seja novidade por aqui, também fazemos isso. Mas, e os
exportadores brasileiros que acreditaram nessa parceria e embarcaram numa canoa
furada, como ficam?
A Presidente brasileira diz que tentará reaver o valor dessa dívida com
um tal coque, material usado nas fornalhas industriais, mas como reverterá
coque em Reais? Quem pagará por isso?
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha de São Paulo
#CONVITE
Diante da atual situação
da Venezuela, acha esse ato governamental uma boa medida?
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
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RENATA AGOSTINI - DE
BRASÍLIA - 27/08/2014
Preocupado com o aumento dos atrasos nos pagamentos
às empresas que exportam para a Venezuela, oitavo principal destino das
mercadorias brasileiras no exterior, o governo volta nesta semana a pressionar
Caracas a solucionar o problema. "Eles não têm dólar para nos pagar. Vamos
conversar com as autoridades sobre os contratos das nossas empresas. Muitas
companhias aumentaram muito o passivo com a Venezuela por causa dos atrasos.
Vou lá fazer uma pressão para ver se a gente consegue receber", disse o
secretário-executivo do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior), Ricardo Schaefer, que cumpre agenda em Caracas até
sexta-feira (29). O governo de Nicolás Maduro tem exercido forte controle sobre
a saída de dólares diante da dificuldade do país de manter os níveis de
reservas em moeda estrangeira.
Hoje, elas estão em cerca de US$ 20 bilhões, US$ 3
bilhões a menos que no início de junho. O Brasil, por exemplo, tem US$ 380
bilhões em reservas internacionais. Sem acesso a dólares, importadores não
conseguem honrar os contratos firmados. O governo não informa qual o montante
devido e o tempo médio de atrasos. Estudo da Fiesp (Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo), em março, com 64 empresas de 18 setores, indicou que os
atrasos chegavam a seis meses. Além de cobrar uma solução, o governo propõe
elevar a compra de produtos venezuelanos, permitindo assim o aumento da entrada
de dólares no país vizinho.
Segundo Schaefer, a ideia é viabilizar o acréscimo
na importação de coque, derivado do petróleo usado por siderúrgicas e
cimenteiras. O plano é elevar para cerca de US$ 300 milhões as vendas do
produto, dobrando a importação pelo Brasil. Em 2013, a Venezuela foi a segunda
maior fornecedora de coque. O governo deseja criar com isso "um fluxo de
recebíveis", dando maior agilidade ao pagamento das empresas. "O que
teríamos de pagar para eles vamos amortizando do que eles têm para nos pagar.
Estamos buscando um produto que a gente possa comprar e, assim, reduzir um
pouco esse passivo, que está crescendo", disse Schaefer. Não é a primeira
vez que o Brasil cobra o governo venezuelano. No final do ano passado, o então
chefe do Mdic, Fernando Pimentel, e o assessor especial da presidente para
assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, viajaram a Caracas para tratar
do assunto. O problema, contudo, não foi solucionado.
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