#COMENTÁRIO
Quem é do interior, principalmente do interior paulista vai entender meu raciocínio. Quando o comércio de
motos começou a se popularizar no estado de São Paulo, lá pelos idos de mil,
novecentos e oitenta mais ou menos, o que víamos era exatamente essa loucura
que o nordeste está presenciando hoje. Certamente não existia na época a lei de
obrigatoriedade no uso de capacetes,
mas eles já existiam e eram usados apenas em estradas onde os policiais rodoviários
obrigavam o seu uso.
A causa disso é a facilidade de financiamento,
o aumento de prazo para pagamento e
o baixo custo de aquisição. Tal qual
naquela época essas facilidades faziam que qualquer pessoa que quisesse,
poderia ter uma moto nova e aí
começavam os problemas, pessoas despreparadas e até desabilitadas faziam
loucuras com suas máquinas nas mãos.
Isso só foi contornado com policiamento
enérgico nas ruas e na época, a obrigatoriedade no uso dos capacetes.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Globo.com
#CONVITE
Você acha que esta
realidade está restrita ao Nordeste?
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
-----------------------------------------------------------
Número subiu 106% no 1º
semestre do ano contra mesmo período de 2011. Resultado contrasta com
crescimento de 28% da frota de 2011 a 2014.
Peter Fussy - G1
Impulsionado pelo aumento das
motos no Nordeste, o número de indenizações pagas pelo seguro obrigatório de
veículos (DPVAT) no primeiro semestre dobrou em três anos, saltando de 165 mil
entre janeiro e junho de 2011 para 340
mil no mesmo período de 2014, segundo dados da Líder-DPVAT, que administra
o seguro. A alta de 106% contrasta com o crescimento de 28% da frota nacional
entre junho de 2011 e o mesmo mês em 2014, conforme dados do Departamento
Nacional de Trânsito (Denatran). Desde
2012, a região Nordeste lidera o ranking do recebimento de
indenizações, mesmo com apenas 16% da frota nacional. Segundo o DPVAT, a
explicação é que o crescimento da frota no Nordeste e Norte se deu
principalmente pelas motos, que lideram os pagamentos feitos pelo seguro
obrigatório a vítimas de acidentes.
“Em alguns estados do Norte e
Nordeste, a porcentagem de motocicletas (na frota) chegou a 55%, enquanto a
média nacional é de 27% e em São Paulo é 20%. Além disso, os estados são
maiores e têm dificuldade de fiscalização. Pessoas andam sem capacete, com até
quatro na moto”, afirma Marcio Norton, diretor de relações institucionais da
Líder-DPVAT. O crescimento da frota de motos no Nordeste começou a se destacar
em 2010. No ano seguinte, a região superou
o Sudeste em vendas pela primeira vez. Só na Paraíba, o número de motocicletas subiu 638% em
pouco mais de 10 anos. As motocicletas, principalmente de baixa cilindrada,
passaram a ser usadas no trabalho, no lugar do jegue. Em março deste ano, o
Ministério Público do Rio Grande do Norte promoveu uma degustação de carne de
jumento, para chamar a atenção para o abandono desses animais nas estradas do estado. Como é a divisão por regiões. O
Nordeste foi o destino de 34% das indenizações do DPVAT. Foram pagas 114 mil
entre janeiro e junho passados, um número 163% maior do que o do primeiro
semestre de 2011. Desse montante, 59% foram para vítimas de acidentes com
motos.
Outros 11% dos pagamentos
(36.885) foram destinados ao Norte, sendo mais da metade por acidentes com
motocicletas. A região possui apenas 4,9% da frota nacional de veículos, mas se
mantém como a quarta maior em número de indenizações (11%) do DPVAT, superando
o Centro-Oeste, com 10%. Nordeste e Norte foram as únicas regiões onde o
pagamento de indenização por mortes em acidentes com moto predominou no
primeiro semestre deste ano em relação aos causados por automóveis. No Sudeste,
Sul e Centro-Oeste, os acidentes com automóveis dominam as indenizações por
morte.
São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais e Espírito Santo, que concentram 50% da frota brasileira, seguem
na vice-liderança no geral, com 26% dos pagamentos de indenizações no semestre.
O aumento em três anos também foi expressivo: 104%, saindo de 43 mil no
primeiro semestre de 2011 para 89 mil entre janeiro e junho deste ano. O Sul,
que era líder em 2011, ficou em terceiro neste ano, com 19% dos pagamentos do
DPVAT (65.172). No total, a administradora do seguro pagou R$ 1,7 bilhão a
vítimas entre janeiro e junho passados. Acidentes com motocicletas resultaram
em 75% das indenizações (256.387); os com automóveis, 23% (67.906).
Invalidez lidera
Nos primeiros seis meses do ano, os pagamentos de indenização por invalidez cresceram 21%, para 259 mil, na comparação com o primeiro semestre de 2013. As indenizações por morte caíram 13%, para 25 mil. Esse movimento também consolida uma tendência ligada ao crescimento do uso de motocicletas, de acordo com a seguradora. “Qualquer acidente mais sério (de moto) causa lesões graves nas pernas e braços”, aponta Norton. As indenizações por invalidez corresponderam a 80% do total de acidentes com motocicletas e destinaram-se principalmente a homens (79%) com idade entre 18 e 34 anos (58%). Segundo a Líder-DPVAT, 44% dos acidentes com veículos de duas rodas ocorrem principalmente durante a tarde e o começo da noite (entre 13h e 20h). Ainda segundo o DPVAT, a perda de mobilidade nas pernas foi a maior causa de aposentadorias por invalidez entre janeiro e junho deste ano, representando 26%, seguida por lesões nos braços e cotovelos (20%). Problemas cognitivos foram apenas 6%, graças ao uso do capacete.
Nos primeiros seis meses do ano, os pagamentos de indenização por invalidez cresceram 21%, para 259 mil, na comparação com o primeiro semestre de 2013. As indenizações por morte caíram 13%, para 25 mil. Esse movimento também consolida uma tendência ligada ao crescimento do uso de motocicletas, de acordo com a seguradora. “Qualquer acidente mais sério (de moto) causa lesões graves nas pernas e braços”, aponta Norton. As indenizações por invalidez corresponderam a 80% do total de acidentes com motocicletas e destinaram-se principalmente a homens (79%) com idade entre 18 e 34 anos (58%). Segundo a Líder-DPVAT, 44% dos acidentes com veículos de duas rodas ocorrem principalmente durante a tarde e o começo da noite (entre 13h e 20h). Ainda segundo o DPVAT, a perda de mobilidade nas pernas foi a maior causa de aposentadorias por invalidez entre janeiro e junho deste ano, representando 26%, seguida por lesões nos braços e cotovelos (20%). Problemas cognitivos foram apenas 6%, graças ao uso do capacete.
Carro
mata mais.
Se por um lado os acidentes
com motos são responsáveis por mais afastamentos definitivos do trabalho, os
carros tendem a ser mais letais, conforme os dados do seguro obrigatório. Considerando
apenas com indenizações por morte, o Sudeste aparece em primeiro, com 37%,
enquanto o Nordeste fica com 29%. De acordo com Norton, a melhoria na segurança
dos veículos foi um dos fatores que contribuiu para a redução de 13% dos
pagamentos de indenizações por mortes no trânsito, que incluem não só motorista
e passageiros, como pedestres. “Equipamentos como freios ABS e airbag
(obrigatórios nos carros novos desde o começo de 2014) tiram a gravidade dos
ferimentos, assim como o uso do cinto no banco traseiro, mas não diminuem o
número de acidentes. O engarrafamento também reduziu a velocidade nas vias”,
explica o diretor.
O
que é DPVAT
O seguro DPVAT (Danos
Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) cobre casos de
morte, invalidez permanente ou despesas com assistências médica e suplementares
(DAMS) por lesões de menor gravidade causadas por acidentes de trânsito em todo
o país. O recolhimento do seguro é anual e obrigatório para todos os
proprietários de veículos. A data de vencimento é junto com a do IPVA, e o
pagamento é requisito para o motorista obter o licenciamento anual do veículo.
O pagamento para
beneficiários de vítimas fatais é de R$ 13.500. Nos casos de invalidez
permanente, o pagamento pode chegar a R$ 13.500, de acordo com a gravidade das
lesões. Já o reembolso hospitalar e médico pode chegar a R$ 2.700.
Vítimas e seus herdeiros (no
caso de morte) têm um prazo de três anos após o acidente para dar entrada no
seguro. Informações de como receber o DPVAT podem ser obtidas pelo telefone
0800-022-1204. No ano passado, a rede de atendimento do DPVAT chegou a 7.757
pontos, com abrangência de 100% do território nacional. Em 2012, eram 4.783
postos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Qual a sua opinião sobre isso?