segunda-feira, 25 de agosto de 2014

No Rio, 70% dos moradores querem mudanças nas UPPs




#COMENTÁRIO

Este posicionamento da sociedade carioca, principalmente as habitantes dos locais onde há  UPPs instaladas, vem corroborar o que já dizíamos tempos atrás em nosso comentário para o tema Com maior UPP do Rio, Alemão volta à rotina de tiroteios e tráfico”.
Parece-nos que após o recebimento dos louros do sucesso, o policiamento carioca adormeceu em berço esplêndido ao do mar e a luz do céu profundo... Levam-nos a crer que nada foi feito em complemento e o povo residente nas circunvizinhanças está ao Deus dará outra vez.
Repete-se a história onde povos vencedores nas batalhas, deixavam os vencidos às mínguas e isso criava um rancor muito grande nessas pessoas que se revoltavam e às vezes com ajuda de outros povos, venciam os primeiros, retomando sua vida normalmente,
Com o constante receio de represálias incutidas em seus elementos, a polícia raramente sai de sua toca e não se integra à sociedade dependente que criaram. Essa falta de atividades interadas pode liberar a opção de escolha por parte dos habitantes para a volta dos bandidos que para os moradores próximos havia até ajuda...

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

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DIANA BRITO - ITALO NOGUEIRA - MARCO ANTÔNIO MARTINS - DO RIO - 25/08/2014  

O projeto das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) deveria ter mudanças na avaliação de 70% dos moradores da capital, segundo pesquisa do Datafolha.
O levantamento mostra que 15% dos entrevistados defendem que as UPPs devem permanecer como funcionam atualmente. Só 9% avaliam que o projeto deveria acabar. Apesar de a maioria defender a continuidade das unidades, os dados mostram divisão entre os cariocas sobre a melhora da segurança na cidade atribuída ao projeto.
Segundo a pesquisa, 49% dos entrevistados avaliam que as UPPs melhoraram, ao menos um pouco, a segurança na cidade. Já 44% dizem que não houve alteração. O Datafolha entrevistou 645 pessoas na capital nos dias 12 e 13 de agosto. A margem de erro é de quatro pontos percentuais. Criadas em 2008, há no Estado 38 UPPs: 37 na capital e uma em Duque de Caxias (Baixada Fluminense). Desde 2013, são alvo de ataques de grupos criminosos, que se intensificaram em 2014.

O projeto é um dos principais temas de debate na campanha eleitoral para o governo do Rio. Apesar das críticas, nenhum candidato defende abertamente o fim das UPPs. Especialistas apontam que um ponto positivo foi o fim do controle armado de certas regiões no Rio, embora algumas favelas ocupadas ainda tenham a presença de fuzis.
Avalia-se que o programa teve foco na atuação policial sem coordenação com ações de assistência social.
"O discurso diz que a ocupação policial seria para preparar o território para chegada das políticas sociais. Só que a UPP Social inexiste e a polícia virou gestora política do espaço determinando hora de bailes, festas ou até se comércios abrem ou fecham", diz o antropólogo Lenin Vieira, professor da Universidade Federal Fluminense.
Avaliação semelhante, fazem moradores de favelas com UPPs ouvidos pela reportagem. Eles disseram que ainda faltam investimentos públicos como saneamento, coleta de lixo e mais segurança.
A maioria dos entrevistados (57%) acredita que as UPPs melhoraram a segurança onde estão instaladas. Moradores relatam avanços, mas dizem que não houve solução completa para a troca de tiros. 

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