#COMENTÁRIO
Enquanto políticos debatem-se para
identificar um culpado e também achar um salvador da pátria que vai solucionar
o problema, a população começa a rezar.
A situação da falta de água na região sudeste do Brasil está se transformando
em calamidade, os lagos e pequenos ribeiros
estão secando muito rapidamente, o inverno está quente e a previsão de chuvas não são muito animadoras.
Independentemente de ter sido deixado
de se fazer algo em prol de sustentabilidade de águas para a população, ou de
se ter tomado medidas emergenciais
para recompor o sistema, a inexistência
de chuvas é o grande culpado por toda essa carestia.
A população tem que se adaptar a essa
nova situação, a possibilidade disto acontecer, já vinha sendo dito há muito
tempo. Temos urgente que reaprender maneiras de utilização da água, com menos desperdício, com reaproveitamento de água utilizada, com a captação e armazenamento de águas pluviais. Ou pagaremos muito caro
o preço por achar essas medidas, coisas corriqueiras.
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
É possível
conseguirmos mudar nossos hábitos irraigados?
Dê sua opinião (clique no título da matéria para comentar).
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GABRIELA YAMADA - DE
RIBEIRÃO PRETO - 29/08/2014
Em meio a baldes e garrafas d'água, a primeira das
três missas para pedir chuva em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) reuniu
cerca de 150 fiéis na Catedral Metropolitana de São Sebastião.
Com foco na conscientização sobre o uso racional da
água, o padre Francisco Jaber Zanardo Moussa marcou o tríduo da chuva num
momento de forte estiagem em Ribeirão.
A missa foi celebrada sob sol forte, sem nuvens no
céu, com temperatura de 26,9ºC em Ribeirão Preto. Em agosto, a cidade teve
apenas 0,3 milímetros de chuva, 99% a menos que a média histórica.
Na entrada da catedral, foram entregues aos fiéis a
oração para pedir chuva, escrita pelo papa Paulo 6º (1897-1978).
A população foi orientada a levar garrafas d'água
para serem colocadas embaixo de uma grande cruz de madeira, disposta no altar
para a missa especial.
Baldes e um galão de água, além de um regador,
também foram colocados perto da cruz.
Logo no início da missa, o padre pediu aos
presentes que orassem também pelos moradores de outras cidades, que vivem
momentos de crise em decorrência da seca, principalmente São Paulo.
Depois, durante o sermão, deu um "puxão de
orelha" na população.
"Chegamos ao ponto de pedir para Deus oferecer
a nós aquilo que é a Sua obra. Será que este problema não está na falta de
ética e cuidado com a preservação [da água]?", questionou.
No final da missa, as garrafas d'água foram levadas
pelos fiéis até a imagem de São Sebastião, do lado de fora da catedral. A água
foi jogada no jardim e nos pés da imagem.
A aposentada Maria Terezinha do Nascimento, 66, que
levou uma garrafa de sua casa, disse que quando era criança participava de
missas semelhantes na zona rural de Cruz das Posses, distrito de Sertãozinho (a
333 km de São Paulo).
"A gente jogava água na cruz e pedia, com
muita fé. A procissão era dura, a gente caminhava debaixo daquele sol forte.
Mas na volta para casa, sempre chovia", disse.
R$ 2,00
Aos desavisados sobre o tríduo, dentro da igreja
foram vendidas garrafas d'água a R$ 2,00. No total, 60 foram comercializadas,
segundo voluntários da igreja.
Segundo previsão do Inmet (Instituto Nacional de
Meteorologia), só deve chover em Ribeirão Preto a partir de segunda-feira (1º).
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