#COMENTÁRIO
Há mais ou menos seis anos estou sem
fumar, já fui um fumante inveterado de três maços de cigarros ao dia, não digo
que parei e talvez seja este meu trunfo para não estar fumando novamente. Não
há em mim um compromisso de não fumar mais, não sinto obrigado a nada, não
tenho que estar me vigiando, me escondendo de fumantes. Não usei de artifício
algum para deixar de fumar, simplesmente um dia resolvi parar. Tive que fazer
um pulso muito firme por uns dias para não acender um novo cigarro e também não
desfiz do maço aberto em minha mesa.
Hoje, sinto-me muito à vontade em
qualquer ambiente com ou sem fumantes próximos, parece mentira, mas não é. Quem
me conheceu pessoalmente sabe disso.
Sempre falo aos meus amigos que ainda
fumam e reclamam das conseqüências, não se sujeite a tratamentos químicos, eles
podem gerar dependência, não se sujeite a pressões psicológicas de obrigação,
simplesmente, pare. Tenha um pouco de pulso firme nos primeiros dias e deixe o
tempo eliminar a nicotina no sangue e a necessidade vai-se amenizando. Não há
milagres nem tratamentos.
Hoje quando estou pedalando ou fazendo
minhas caminhadas longas, de vez em quando ainda me pego tossindo. Seis anos
depois ainda há resíduos em meu pulmão. Está certo que eu exagerava no uso dos
cigarros...
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Diário
do Grande ABC
#CONVITE
Não se interessa em
parar de fumar? Pense.
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Natália Fernandjes - Yara Ferraz
A Lei Antifumo Paulista, que estabelece que as
pessoas não podem fumar em lugares fechados, completou cinco anos ontem, Dia Nacional do
Combate ao Fumo. No período, o Grande ABC registrou 206 infrações, sendo a
quarta região que contabilizou o maior número de multas. A Capital foi a
primeira do ranking, com 847 multas. Em seguida está a Baixada Santista, com
327, e Campinas, com 220. Em todo o Estado foram aplicadas 2.854
multas.
O pneumologista e coordenador do Ambulatório de Combate ao
Tabagismo da Faculdade de Medicina do ABC, Adriano Guazzelli, destaca que
apesar de ter sido criada para proteger os não fumantes, a Lei Antifumo tem
como efeito colateral a redução do número de fumantes. “É uma motivação a mais
para que as pessoas abandonem o cigarro porque não podem mais fumar em qualquer
lugar”, comenta.
Já o analista de tráfego de São Bernardo Carlos
Eduardo Lisboa, 30 anos, acredita que não há impacto no hábito de fumar. “Não
creio que influencie na diminuição dos fumantes, já que quem vai fumar faz isso
fora dos estabelecimentos ou mesmo escondido, por influência de outras
pessoas.” Ele consome cigarros há 20 anos e acredita que a lei fez grande
diferença para os não fumantes. “Antes, fumava-se em shoppings, cinemas, bares,
sem se preocupar com o restante dos frequentadores desses espaços. O cheiro de
cigarro incomoda muito, além de fazer mal, transformando as outras pessoas em
fumantes passivos. Acho, inclusive, que todos os estabelecimentos precisam de
uma área na parte de fora que seja destinada somente aos fumantes.”
O pneumologista destaca que o cigarro é a maior
causa de morte evitável do mundo, por isso a necessidade de ações que tenham
impacto na diminuição do tabagismo. “A educação e a informação são as
principais armas. É nas crianças que devemos investir mais porque quando elas
aprendem na escola que o cigarro faz mal, pressionam os pais a parar de fumar”,
destaca Guazzelli.
Atualmente, o Ambulatório de Combate ao Tabagismo
atende 40 pessoas. O tratamento tem duração de um ano e, segundo o médico,
metade dos pacientes que seguem até o fim consegue parar. “O mais difícil é
aprender a viver sem o cigarro, porque o fumante acha que o tem como
companheiro, acredita que acalma.”
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