sábado, 30 de agosto de 2014

Lei Antifumo aplica 206 multas em 5 anos





#COMENTÁRIO

Há mais ou menos seis anos estou sem fumar, já fui um fumante inveterado de três maços de cigarros ao dia, não digo que parei e talvez seja este meu trunfo para não estar fumando novamente. Não há em mim um compromisso de não fumar mais, não sinto obrigado a nada, não tenho que estar me vigiando, me escondendo de fumantes. Não usei de artifício algum para deixar de fumar, simplesmente um dia resolvi parar. Tive que fazer um pulso muito firme por uns dias para não acender um novo cigarro e também não desfiz do maço aberto em minha mesa.

Hoje, sinto-me muito à vontade em qualquer ambiente com ou sem fumantes próximos, parece mentira, mas não é. Quem me conheceu pessoalmente sabe disso.
Sempre falo aos meus amigos que ainda fumam e reclamam das conseqüências, não se sujeite a tratamentos químicos, eles podem gerar dependência, não se sujeite a pressões psicológicas de obrigação, simplesmente, pare. Tenha um pouco de pulso firme nos primeiros dias e deixe o tempo eliminar a nicotina no sangue e a necessidade vai-se amenizando. Não há milagres nem tratamentos.
Hoje quando estou pedalando ou fazendo minhas caminhadas longas, de vez em quando ainda me pego tossindo. Seis anos depois ainda há resíduos em meu pulmão. Está certo que eu exagerava no uso dos cigarros...

#Disse

Carlos Leonardo



#CONVITE

Não se interessa em parar de fumar? Pense.

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Natália Fernandjes - Yara Ferraz

A Lei Antifumo Paulista, que estabelece que as pessoas não podem fumar em lugares fechados, completou cinco anos ontem, Dia Nacional do Combate ao Fumo. No período, o Grande ABC registrou 206 infrações, sendo a quarta região que contabilizou o maior número de multas. A Capital foi a primeira do ranking, com 847 multas. Em seguida está a Baixada Santista, com 327, e Campinas, com 220. Em todo o Estado foram aplicadas 2.854 multas.
O pneumologista e coordenador do Ambulatório de Combate ao Tabagismo da Faculdade de Medicina do ABC, Adriano Guazzelli, destaca que apesar de ter sido criada para proteger os não fumantes, a Lei Antifumo tem como efeito colateral a redução do número de fumantes. “É uma motivação a mais para que as pessoas abandonem o cigarro porque não podem mais fumar em qualquer lugar”, comenta.
Já o analista de tráfego de São Bernardo Carlos Eduardo Lisboa, 30 anos, acredita que não há impacto no hábito de fumar. “Não creio que influencie na diminuição dos fumantes, já que quem vai fumar faz isso fora dos estabelecimentos ou mesmo escondido, por influência de outras pessoas.” Ele consome cigarros há 20 anos e acredita que a lei fez grande diferença para os não fumantes. “Antes, fumava-se em shoppings, cinemas, bares, sem se preocupar com o restante dos frequentadores desses espaços. O cheiro de cigarro incomoda muito, além de fazer mal, transformando as outras pessoas em fumantes passivos. Acho, inclusive, que todos os estabelecimentos precisam de uma área na parte de fora que seja destinada somente aos fumantes.”
O pneumologista destaca que o cigarro é a maior causa de morte evitável do mundo, por isso a necessidade de ações que tenham impacto na diminuição do tabagismo. “A educação e a informação são as principais armas. É nas crianças que devemos investir mais porque quando elas aprendem na escola que o cigarro faz mal, pressionam os pais a parar de fumar”, destaca Guazzelli.
Atualmente, o Ambulatório de Combate ao Tabagismo atende 40 pessoas. O tratamento tem duração de um ano e, segundo o médico, metade dos pacientes que seguem até o fim consegue parar. “O mais difícil é aprender a viver sem o cigarro, porque o fumante acha que o tem como companheiro, acredita que acalma.” 

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