Condomínio em Vargem Grande Paulista investiu na instalação de poço
artesiano para driblar escassez
#COMENTÁRIO
Tema de discussão política por candidatos
a governo do estado de São Paulo, a terrível seca que está assolando o sudeste
brasileiro está longo de aceitar as promessas e as desculpas dos candidatos para o seu fim. Uma realidade que está
se tornando centro de atenções em função dos programas eleitorais dos
candidatos, a seca já tinha começado no início do ano, criando problemas
enormes a prefeituras o interior
paulista. Existem cidades que estão com estado de calamidade pública declarado
pela falta de água potável. Seus mananciais estão secando a uma velocidade
muito grande, a população está sendo acudida por caminhões pipas e algumas o revezamento de fornecimento já se faz presente há um bom tempo.
A preocupação está se tornando um pesadelo pela cobertura muito forte
por parte da imprensa de dos veículos de comunicação dos candidatos. As prévias
de existência de chuvas não são
muito animadoras e quando elas existem, são insuficientes para sanar o problema
de falta de água. Como é de profundo
conhecimento do nordestino, resta-nos aguardar esperançosos por um período
farto de chuvas...
#Disse
Carlos Leonardo
Fonte: Folha
de São Paulo
#CONVITE
Você já tem falta de
água em sua cidade? Conte-nos.
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LUCAS SAMPAIO - DE
CAMPINAS - 25/08/2014
Com mais de 2 milhões de pessoas sob racionamento
oficial e rios cada vez mais secos, o interior de São Paulo vive agora uma
corrida por poços artesianos – que começa a alcançar também a região
metropolitana.
Os poços são uma alternativa viável de
abastecimento de água, segundo especialistas consultados pela Folha, mas a expansão enfrenta
dificuldades, como alto custo, excesso de demanda e lentidão na análise de
licenças.
A procura pelo serviço aumentou, segundo as
empresas do setor, e a espera para perfurar um poço pode chegar a 45 dias. "Tenho
programação de obras até outubro", diz Hailton Bassan, gerente da Guirado
& Guirado, de Indaiatuba (a 98 km de São Paulo). O número de licenças de
perfuração concedidas aumentou 83% no segundo trimestre deste ano, na
comparação com o mesmo período de 2013, segundo o Daee (Departamento de Águas e
Energia Elétrica), órgão estadual que analisa os pedidos. Foram 178 contra 326
concessões emitidas no Estado. Um poço não custa menos de R$ 20 mil. As
empresas também não garantem que haverá água nem que será de boa qualidade, e
dizem que a licença pode demorar até um ano para sair. Apesar de tudo isso, a procura
cresce. "O desespero é grande, o pessoal está querendo fazer poço até em
casa", afirma Éverton Antunes, da Prosondas, de Indaiatuba. "Temos
recebido muitas ligações de Guarulhos, Itu e Valinhos, cidades que mais têm
sofrido com o racionamento", diz. As águas subterrâneas são utilizadas no
abastecimento público em cerca de 75% dos municípios do Estado, principalmente
na área do aquífero Guarani (reservatório subterrâneo do Estado), que abrange
as regiões de Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto. São
26.462 poços no Estado, segundo o Daee, dos quais 2.701 estão na capital (8%).
Nas regiões de São Paulo e Campinas, mais afetadas
pela falta de chuva e pela crise do sistema Cantareira, há pouca água
subterrânea, por isso quase todo o abastecimento público provém de águas
superficiais (rios e mananciais). As subterrâneas (poços) são exploradas em
caso de necessidade.
Mesmo assim, estima-se que sejam retirados cerca de
10 m³/s de água do solo na Grande São Paulo, metade do que é enviado para a
região metropolitana pelo Cantareira hoje. Isso torna os poços artesianos a
quarta maior fonte de água da região, atrás de três represas. "Em
condições normais, nosso maior cliente é o industrial. Hoje, a procura está em
todos os segmentos", diz Fernando Daleffe, da Edisonda, de Campinas.
"Muitos condomínios, de casas ou apartamentos, têm nos procurado."
CONDOMÍNIO
Rodrigo Krisciunas está construindo um condomínio
de dez casas em Vargem Grande Paulista (a 44 km da capital) e optou por fazer
um poço artesiano em vez de ligar o empreendimento à rede de água da Sabesp. "Os
condomínios têm de se virar. Se for esperar o governo, falta água", afirma
ele, que gastou R$ 60 mil na obra. Ricardo Hirata, especialista da USP em águas
subterrâneas, estima que existam 12 mil poços artesianos hoje na Grande São
Paulo, dos quais 3.000 ou 4.000 são legalizados. Mais 800, afirma, deverão
entrar em funcionamento entre o começo deste ano e o fim do próximo. "Vai
ter uma corrida aos poços, disso eu não tenho dúvida", diz Júlio Cerqueira
Cesar Neto, ex-diretor de planejamento do Daee.
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